Mapa conceitual para análise inter-relacional e planejamento estratégico de ações de conservação das orquídeas 120 nizada e relacionável com o novo conteúdo, e (3) haja vontade e disposição do aprendiz de relacionar o novo conhecimento com aquele já existente (Ausubel, 2003; Ausubel; Novak; Hanesian, 1980). Com essas condições, quando o aprendiz se depara com este novo corpo de informações, ele poderá incorporá-lo, desde que seja de sua vontade e disposição, à sua estrutura cognitiva. Como cada pessoa possui uma estrutura cognitiva única, construída a partir de suas experiências de vida e aprendizados anteriores, cada conceito será assimilado de forma particular e transformado em significados pessoais, em conhecimentos, que não são literais, mas que configuram uma percepção substantiva do material apresentado (Tavares, 2004; 2008). 2.2 Orchidaceae As orquídeas constituem uma importante família botânica, contando com 28.000 espécies e 736 gêneros (Chase et al., 2015; Govaerts, 2014), com ampla distribuição global, podendo ser encontradas em todos os continentes vegetados, porémo centro de diversidade de espécies são as regiões tropicais, com especial os Neotrópicos (Vitt et al., 2023). O Brasil, por exemplo, é um país neotropical megadiverso que engloba um grande hotspot de biodiversidade global, caracterizado, entre outros aspectos, por abranger um centro de diversidade vegetal e estar altamente vulnerável: a Floresta Atlântica (Brooks et al., 2006). Uma das características mais marcantes da Floresta Atlântica é a grande quantidade de plantas epifíticas, que crescem sobre outras plantas, utilizando-as como suporte, sem lhes causar nenhum tipo de dano (Kersten, 2010), sendo encontradas principalmente em ambientes em estágio sucessional mais avançado (Brasil, 1994a). Cerca de 70% das espécies de orquídeas possuem este hábito (Gentry; Dodson, 1987). Estas plantas possuem grande importância ecológica, servindo como fonte de alimento para a fauna por meio da herbivoria (Endres Júnior et al., 2018), além de estabelecerem relações com polinizadores e com fungos micorrízicos (Reiter et al., 2016). Além disso, como grande parte das espécies possui adaptações para viver na forma de epífitas, as orquídeas se relacionam também com as ár-
RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz