127 Delio Endres Júnior, Bethania Volmer Spiecher, Joshua Tomazzoli Klauck, Catiuscia Marcon e Annette Droste As espécies deste grupo possuem inflorescências em forma de racemo, nas quais os pedicelos das flores surgem de diferentes níveis do eixo principal. As flores são geralmente ressupinadas e o ovário é ínfero e tricarpelar. As hastes florais podem ser laterais ou terminais (podendo surgir de brácteas denominadas espatas) (Fig. 3A) (Buzatto et al., 2010; Souza; Lorenzi, 2019). As flores são vistosas, zigomorfas (com simetria bilateral) formadas por três sépalas e três pétalas, sendo uma modificada e chamada de labelo (Fig. 3B). Estas estruturas são altamente variadas em cor, forma e tamanho. A maioria das orquídeas produz flores hermafroditas, nas quais o estame e o estilete são fundidos, formando a coluna ou ginostêmio. A antera contendo as políneas fica no ápice da coluna e o estigma na parte inferior (Fig. 3C). As partes vegetativas das orquídeas também são bastante variadas, assim como as flores. Estas plantas podem apresentar crescimento simpodial, no qual o rizoma cresce horizontalmente, ou perpendicular ao substrato formando as folhas e pseudobulbos sequencialmente a partir do rebento anterior (Fig. 3D); ou monopodial, no qual as folhas surgem no ápice da planta de forma contínua (Johansson, 1974; Souza; Lorenzi, 2019). Em geral, as orquídeas apresentam caule em forma de rizoma, do qual surgem as raízes e as folhas (Fig. 3D). Na maioria das espécies, entre o rizoma e as folhas, há uma estrutura caulinar denominada de pseudobulbo, que são órgãos de armazenamento de água e nutrientes (Ng; Hew, 2000). Além dos pseudobulbos, as folhas e raízes também são órgãos suculentos responsáveis por armazenar água, o que é muito frequente nas espécies epifíticas (Gonçalves; Waechter, 2003). Quando a flor da orquídea é fecundada, o ovário passa a entumecer e forma o fruto, que é seco do tipo cápsula (Souza; Lorenzi, 2019) (Fig. 3E). As orquídeas podem ser encontradas em uma série de hábitats, conceito que surge ao início domapa conceitual (Fig. 2) e ao qual se relacionam alguns dos substratos nos quais as orquídeas vivem: epifíticas, no caso das espécies que vivem sobre outras plantas; terrícolas, no caso das espécies que vivem no solo; rupícolas, no caso das plantas que vivem sobre rochas. As orquídeas ainda podem ser consideradas aquáticas, hemiepífitas e saprofíticas, embora a maioria das espécies possua adaptações para viverem como epífitos (Gentry; Dodson, 1987; Reflora, 2023a). As plantas hospedeiras das orquí-
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