Ambiente: percepções 2024

Mapa conceitual para análise inter-relacional e planejamento estratégico de ações de conservação das orquídeas 128 deas epifíticas normalmente são árvores (Fig. 2), conceito que precedeu Ficus sp., pois as figueiras são excelentes forófitos (Gonçalves; Waechter, 2002). Muitas espécies de orquídeas crescem sobre Ficus cestrifolia Schott ex Spreng. na planície costeira do RS, dentre quais estão C. intermedia. e C. purpurata. Estas orquídeas foram trazidas ao mapa conceitual, juntamente à C. tigrina, que também é encontrada crescendo sobre as figueiras no litoral gaúcho (Buzatto et al., 2010; Caballero-Villalobos et al., 2017). O conceito hábitats se relacionou com a Mata Atlântica e com o Pampa (Fig. 2), que são considerados os dois biomas brasileiros mais impactados (Fundação SOS Mata Atlântica, 2023; Rio Grande do Sul, 2022), os quais se ligaram, portanto, com o termo degradados. Neste sentido, podem ser citados uma série de desequilíbrios ambientais que representam ameaças de curto a longo prazo às orquídeas e aos seus hábitats: mudança nos níveis de umidade; incêndios florestais; diminuição de espécies polinizadoras; aquecimento global; desmatamento devido à agricultura ou mineração; coleta irregular; desertificação; pragas e doenças; introdução de fauna e flora exótica (Benzing, 2004; Gale et al., 2018; Seaton et al., 2013). A Mata Atlântica apresenta alta diversidade de orquídeas, com muitas espécies endêmicas, ou seja, que não existem em outros lugares do planeta (Reflora, 2023a). O Pampa é a unidade vegetacional commenor área protegida no país, considerando-se tanto os valores absolutos em hectares (587.503,00 ha), quanto proporcionalmente (3,03% do total) (MMA, 2022). As referidas unidades vegetacionais são as únicas encontradas no RS, e assim, as espécies nativas deste Estado estão especialmente vulneráveis de desaparecerem da natureza. A ameaça de extinção das espécies e o seu desaparecimento dos hábitats pode gerar uma série de desequilíbrios ambientais, incluindo efeitos em cascata sobre os ecossistemas em que habitam. Ou seja, quando uma dada espécie de orquídea é extinta de um local, se abrem lacunas nas cadeias tróficas e nos ciclos de nutrientes dos quais participavam, causando impacto sobre outras espécies e sobre o equilíbrio dos ecossistemas (cruz-angón; baena; greenberg, 2009). De ameaças de extinção das espécies de orquídeas do RS (Fig. 2), surgiram Cattleya, C. intermedia (Fig. 4A), C. tigrina (Fig. 4B) e C. purpurata (Fig. 4C), que são as três espécies do gênero ameaçadas de extinção regionalmente no RS. Na Lista das Espécies da Flora Amea-

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