Ambiente: percepções 2024

Relação de casos confirmados de dengue com as projeções climáticas em ummunicípio da região do Vale do Rio dos Sinos/RS 152 ticas ampliam os riscos à saúde humana, aumentando a sobrecarga na área da saúde. Além do exposto, observa-se aumento nos custos em gastos com a saúde, com intervenções de Saúde Pública, custos com a parte laboral dos trabalhadores e manutenção da qualidade de vida. As UHIS também ampliam risco de dengue (Ligsay; Telle; Paul, 2021). Os serviços climáticos podem auxiliar nas estratégias de adaptação nos serviços de saúde, auxiliando nas ações para redução ou prevenção dos surtos de doenças. Como medidas de curto a médio prazo, incluem a compra de suprimentos médicos, aumento da vigilância e vacinação, além de campanhas e ações de educação. As medidas de longo prazo abrangem organização e planejamento na infraestrutura urbana, com consequente redução das desigualdades sociais (Stewart-Ibarra, 2022). Sendo assim, percebe-se a necessidade de ferramentas de previsão de epidemias e sistemas de alerta precoce. Existe uma grande relação entre surtos de doenças infecciosas e o El Niño Oscilação do Sul (ENSO), a exemplo da epidemia de Zika no Brasil, em 2015. Previsão de surtos através de monitoramento para adequação ambiental de doenças transmitidas pelo Aedes é possível com essas ferramentas climáticas (Stewart-Ibarra, 2022). Ainda, de acordo com Stewart-Ibarra (2022), para realizar análises dos impactos das mudanças climáticas sobre a saúde, faz- -se necessário sistemas de alerta precoce relacionando os inúmeros riscos com as possíveis doenças. Estes sistemas devem reunir fluxos de dados climáticos, de desastres e de saúde em tempo real. Tal ação exigirá investimentos para a integração dos sistemas de vigilância do clima e da saúde, além de capacitação por parte da gestão e análise destes dados (Stewart-Ibarra, 2022). Entretanto, ressalta-se que somente estes sistemas de alerta não serão suficientes para reduzir os impactos desiguais do clima na saúde. Destaca-se aqui a vulnerabilidade relacionada às mudanças climáticas, como racismo sistêmico, discriminação por gênero e etnia, além da desigualdade econômica. Faz-se necessário então, a busca por soluções para a melhora da saúde e bem-estar da população (Stewart-Ibarra, 2022). Para reforçar a ligação entre mudanças climáticas e saúde, ressalta-se a Agenda 2030 e os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sus-

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