167 Julyana Sthéfanie Simões Matos, Lennon Gabriel Ribas Severo, Valessa Santos, Daniela Müller de Quevedo e Haide Maria Hupffer Em pesquisa realizada por Torres et al. (2021) para identificar as possíveis correlações entre as variáveis climáticas de São Luís com casos de notificações de dengue, mediante uso de análise de Regressão e Análise de Componentes Principais (PCA), verificaram que as variáveis que mais se relacionam com as notificações de dengue foram a precipitação e umidade. Por sua vez, em relação as “variáveis de temperatura apresentaram uma correlação forte, mas inversamente proporcional, mostrando uma tendência a diminuição de notificações com o aumento excessivo na temperatura local”. Dentre os elementos meteorológicos analisados, o clima tropical, apresenta maior relação com o ciclo epidemiológico da doença. Leite (2023) observou um aumento de casos de dengue notificados quando relacionado ao aumento da temperatura, bem como quando relacionado ao aumento da umidade relativa do ar. Valores acima de 60% tiveram influência positiva no número de casos. Quando os valores mensais ultrapassam os 70%, o número de casos revelou uma resposta aindamais confirmativa. O estudo possibilitou demonstrar que as variáveis climáticas interferem no aumento dos casos de dengue. Lopes (2022) constatou que na cidade de Natal/RN no período 2010 a 2019 as variáveis precipitação e umidade mostraram-se estatisticamente significativa para a ampliação da incidência de casos de dengue. A variável temperatura, por ser um município que apresenta baixa variação climática ao longo do ano (máximo de 5ºC), não apresentou correlação significativa. Contudo, o autor reitera que o aumento da temperatura é de extrema relevância para a reprodução do vetor. Em estudo realizado por Almeida (2021) sobre a Influência climática e socioambiental na ocorrência espaço-temporal da dengue, zika e chikungunya no município de Recife/PE, constatou que os elementos climáticos do município são favoráveis à disseminação da dengue durante todo o ano, especialmente, nos meses de janeiro a abril, período em que há elevação da temperatura e ampliação considerável do índice pluviométrico. O que mais contribuiu para o aumento de chuvas foi a maior ocorrência de Zonas de Convergência Intertropical (ZCIT) e do Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN). Collischonn et al. (2019) verificaram que o parâmetro umidade relativa do ar pode não ser um indicativo direto da presença de
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