169 Julyana Sthéfanie Simões Matos, Lennon Gabriel Ribas Severo, Valessa Santos, Daniela Müller de Quevedo e Haide Maria Hupffer socioeconômicas na disseminação do Aedes aegypti. Além disso, estudos dessa natureza são importantes para a elaboração de planos de ação e aplicação de medidas de intervenção na prevenção do mosquito vetor da dengue, considerando os interstícios climáticos. Estes achados de Leite (2023) e de Santos e Araújo (2022), que se referem à aleatoriedade dos casos, às variáveis climatológicas e à multicausalidade da dengue, podem explicar os dados encontrados para o período de 2019 a 2022 em Novo Hamburgo/RS. Assim sendo, a correlação pode não ser tão significativa entre os casos de dengue, precipitação e temperatura, visto que no caso da dengue, há outros fatores determinantes para a propagação da doença (Dias et al., 2021). 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os dados coletados e avaliados mostraram-se atípicos, mas são de grande importância estatística. Houve correlação com a umidade do ar, mas os demais fatores em estudo, não se observou relação. Corrobora-se, a partir dos dados levantados e analisados no presente estudo relacionado ao município de Novo Hamburgo, com as colocações de Santos e Araújo (2022) quando afirmam que a dengue é uma doença multifatorial, o que passa a exigir que também é necessário incluir as variáveis ambientais e socioeconômicas para analisar a disseminação do mosquito para uma análise mais precisa e realista dos dados. De igual forma, devem ser examinadas as variáveis climáticas para que os gestores possam promover medidas de prevenção da dengue no tocante à disseminação do Aedes aegypti. Ressalta-se, assim, a importância das análises de fatores ambientais periodicamente, pois essa variação de interferência causal pode ser influenciada por alterações climáticas. Também se faz necessário o desenvolvimento de modelos matemáticos que possibilitem melhores projeções dos efeitos das mudanças climáticas na incidência da dengue (DIAS et al., 2021).
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