177 Thaís Fátima Rodrigues, Adroaldo de Lima, Cleiton Luís Boufleuher, Alexandre Sita e Haide Maria Hupffer Neste sentido, inicialmente, o trabalho apresenta um referencial teórico que aborda as preocupações emergentes relacionadas às mudanças climáticas, além das temáticas necessárias para o entendimento dos principais conceitos acerca da sustentabilidade e da indústria cimenteira. Em sequência, é indicado a metodologia utilizada para a seleção e análise dos relatórios de sustentabilidade das empresas do setor cimenteiro, em que foi realizado um estudo de casos múltiplos. Após, os resultados obtidos foram discutidos e, por último, as conclusões do estudo foram apresentadas. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Mudanças Climáticas Um dos maiores desafios para a saúde global do século XXI são as mudanças climáticas. As condições climáticas podem afetar drasticamente as populações humanas de diversas maneiras, com efeitos diretos que incluem estresse térmico, inundações, secas e aumento constante de tempestades. Além disso, as consequências indiretas a saúde da população é associada a poluição do ar, proliferação de vetores e doenças infecciosas, insegurança alimentar, desnutrição, aumento da mortalidade, migração e problemas de saúde mental (Watts et al., 2015; Franchini; Mannucci, 2015). O impacto do ser humano e das suas atividades nos ecossistemas do planeta começaram desde o início da agricultura, mas foi a partir da revolução industrial, na segunda metade do século XVIII, que as mudanças vêm aumentando gradativamente, como os gases de efeito estufa (GEE), que incluem dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O) na atmosfera resultando no aumento da temperatura média (Kjellstrom; Mcmichael, 2013; Rossati, 2017). Conforme o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC (2022), o planeta Terra encontra-se em uma circunstância desafiadora com as mudanças climáticas, tornando a ocorrência de eventos climáticos extremos frequentes e intensificados, como furacões mais fortes, secas prolongadas e incêndios florestais descontrolados, com efeitos ambientais, sociais e econômicos. Caso não seja possível reduzir as emissões de GEE na atmosfera em pelo menos 43% até 2030, os ecossistemas seriam severamente afetados,
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