181 Thaís Fátima Rodrigues, Adroaldo de Lima, Cleiton Luís Boufleuher, Alexandre Sita e Haide Maria Hupffer 1. Atualmente, o setor cimenteiro mundial emitiu 2,4 GtCO2, o que representa cerca de 26% do total das emissões industriais (International Energy Agency, 2020). Devido a estes expressivos valores, a GCCA (2021) foi a primeira associação, que representa uma indústria essencial global, com o compromisso de neutralidade de carbono até 2050, tornando-se uma aceleradora do Race to Zero, campanha para mobilizar agentes não-estatais a tomaremmedidas rigorosas e imediatas para reduzir as emissões globais (UNFCCC, 2023b). Figura 1 – Fluxograma do processo produtivo do cimento e emissões de CO2 Fonte: Adaptado de Benhelal, Shamsaei e Rashid (2021) No Brasil, de acordo como Sindicato Nacional da Indústria do Cimento – SNIC (2021), a produção de cimento foi de 65,8 milhões de toneladas em 2021, a partir de 91 fábricas localizadas ao longo de todo o território nacional, sendo controladas por 23 grupos industriais. Historicamente, a indústria brasileira do cimento se posiciona comuma das menores emissões de carbono, aproximadamente 0,56 tCO2/t de cimento. Entretanto, há o desafio de reduzir ainda mais as emissões como forma de amenizar os efeitos das mudanças climáticas, resultando no estudo e publicação, em 2019, do Roadmap Tecnológico do Cimento (RTC), coordenado por Visedo e Pecchio (2019). Segundo a International Energy Agency (IEA) e a Cement Sustainability Initiative (CSI), no Roadmap Tecnológico – Transição de Baixo Carbono na Indústria de Cimento (RT), esses esforços regionais são extremamente importantes devido a produção de cimento ser realizada em diversos contextos, em que as especificidades locais devem
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