Ambiente: percepções 2024

183 Thaís Fátima Rodrigues, Adroaldo de Lima, Cleiton Luís Boufleuher, Alexandre Sita e Haide Maria Hupffer A opção por selecionar especificamente o ano de 2021 como amostra, se deve ao fato deste ano ter o maior número de empresas com dados que atendem os objetivos da pesquisa. Desta forma, foi possível ampliar o conhecimento do objeto estudado e gerar maior número de insights (Flick, 2012). Para manter o sigilo das organizações analisadas, suas identificações foram substituídas pelas letras A, B, C, D, E e F. 3.3 Análise dos relatórios de sustentabilidade Os relatórios de sustentabilidade selecionados foram analisados quanto aos indicadores-chave estabelecidos pelo RTC (Visedo; Pecchio, 2019). Os indicadores foram elaborados pela International Energy Agency (IEA), a partir de dados fornecidos pela indústria de cimento brasileira com a colaboração de diversas entidades. Os indicadores foram apresentados na Tabela 1. Tabela 1 – Indicadores-chave para a indústria brasileira do cimento INDICADOR 2014 2030 2050 Fator Clínquer (relação clínquer/cimento) 0,67 0,59 0,52 Consumo Térmico (GJ/t clínquer) 3,50 3,47 3,22 Consumo Elétrico (kWh/t cimento) 113 106 91 Combustíveis Alternativos (% da substituição térmica) 15 35 55 Emissão Bruta (Mt CO2/ano) 40 42 44 Emissão Específica (t CO2/ t cimento) 0,56 0,48 0,38 Fonte: Visedo e Pecchio (2019) Além de realizar a verificação dos indicadores-chave nos relatórios de sustentabilidade, também foi analisada a prática de compensação por meio de créditos de carbono. 4. RESULTADOS E ANÁLISE Os resultados obtidos a partir da análise dos relatórios de sustentabilidade indicam um longo caminho a ser percorrido pela indústria do cimento no cumprimento das suas metas. Ao avaliar os dados, foi identificado uma lacuna a ser preenchida por este setor

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