Ambiente: percepções 2024

19 Adriano Sbaraine, Eduarda Sthefanie Mittelstadt, Fabiane Recktenwalt, Jairo Lizandro Schmitt, Katiúscia Volkart Panassal, Marlon Eduardo Bauer e Roseméri Carine Greef Heldt principalmente, aspectos conceituais; numa próxima etapa, com a demonstração dos procedimentos metodológicos; a seguir, demonstram-se os resultados e as considerações; e, por fim, lista-se o referencial bibliográfico. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Em 1950, aproximadamente, 30% da população mundial estava inserida junto à zona urbana das cidades. Atualmente, esse número já ultrapassa mais da metade da população, e, em 2050, as cidades deverão acolher cerca de 70% dos habitantes do Planeta Terra (ONU, 2019). Fato é que, movimentos, a exemplo da globalização, da eclosão de novas tecnologias, da reestruturação produtiva, da remercantilização da força de trabalho e dos novos territórios do capitalismo fizeram emergir uma revalorização das cidades (Kzure- -Cerquera, 2014). Esse crescimento populacional e a respectiva concentração de grande parte das pessoas junto às áreas urbanas acabam gerando desafios para os gestores públicos (Ribeiro et al., 2019, p. 667). Além disso, o movimento migratório do homem do campo para as cidades tem acarretado um aumento significativo da desigualdade social, da qualidade de vida das pessoas, principalmente pela falta de estrutura para oferecer serviços públicos essenciais (Ribeiro et al., 2019). No Brasil, as cidades apresentam um crescimento de forma desordenada, principalmente em regiões metropolitanas e predominantemente industriais. Nesses locais, a falta de investimentos em pesquisas, instrumentos e indicadores adequados, além de políticas públicas a orientar o crescimento espacial das zonas urbanas, impedem a transformação de uma cidade ou uma região econômica em um espaço sustentável e com melhor qualidade de vida para sua população (Magagnin, 2004). Assim, cada vez mais, torna-se necessário estabelecer uma gestão pública pautada em estudos com o uso de indicadores sociais e demográficos, coletados em um menor espaço de tempo, que proporcionem informações atuais e commaior fidedignidade, tarefa essa delegada a empresas de consultoria, agências estatísticas e outras instituições ligadas ao Poder Público (Carley, 1985). Esses indicadores são formulados e utilizados para (i) subsidiar a elaboração e reformulação de planos diretores de desenvolvi-

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