233 Ana Carolina de Quadros Duarte , Thaís Rúbia Roque, Daniela Muller Quevedo e Marco Alésio Figueiredo Pereira A sociedade se beneficia de uma parte significativa da água, na qual é utilizada em diversas atividades, incluindo principalmente o abastecimento humano, irrigação de lavouras, atividades industriais, geração de energia, extração mineral, aquicultura, entre outras. Dessa forma, torna-se essencial o cuidado com todos os elementos que impactam a qualidade e a quantidade desse recurso hídrico, que é vital para a existência, assegurando sua disponibilidade tanto no presente quanto para as gerações futuras (IBGE, 2021b; IBGE, 2021a). Em consequência da ação antrópica, ocorrem alterações na capacidade dos canais e nos processos fluviais, influenciando diretamente os fenômenos de erosão, transporte e deposição. Esses impactos têm refletido no aumento do pico de descarga e no assoreamento, não apenas devido ao acréscimo de material sedimentar, mas também devido à introdução de resíduos urbanos, que contribuem para a intensificação da ocorrência de eventos de enchentes (Carvalho, 2020). Os conflitos relacionados ao uso dos recursos hídricos, a escassez, o aumento no consumo, a exploração não planejada e seus impactos ambientais, tem levado ao desaparecimento de rios, córregos, lagos e aquíferos subterrâneos. Estes efeitos foramos principais impulsionadores para a intensificação dos debates sobre questões hídricas no Brasil durante a década de 1990, onde a discussão sobre a importância da gestão e participação social nos processos decisórios tornou-se frequente (Figueiredo, 2022; Oliveira, 2013). Para assegurar uma gestão efetiva dos recursos hídricos, é essencial que seja conduzida de maneira integrada, abrangendo todos os aspectos físicos, sociais e econômicos da bacia hidrográfica. Isso se torna especialmente importante diante dos impactos que comprometem os recursos hídricos, como a qualidade, quantidade, alterações nos cursos d’água e a redução dos canais de drenagem (Carvalho, 2020). Nesse contexto, o estudo de Martins & Lira (2024) aponta que o pensamento sistêmico incorporado à educação ambiental atua como uma política socioambiental protetiva e promotora dos recursos hídricos, contribuindo para a criação de uma cultura de responsabilidade e sustentabilidade.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz