Análise dos relatórios de sustentabilidade de indústrias calçadistas certificadas no Programa Origem Sustentável em relação aos ODS 44 o Brasil produziumais de 806,3milhões de pares de calçados e deste cerca de 123,7 foram destinados à exportação (Abicalçados, 2022). Outro fator de justificativa é que em um mundo no qual a pobreza, desigualdade, agitação e estresse ambiental são um imperativo, torna-se inviável as empresas prosperarem, desta forma atingir os ODSs da Agenda 2030 é um caminho promissor e relevante para as organizações e sociedade (GRI, 2020). Também se observa que as empresas de grande porte adotam estratégias voluntárias de sustentabilidade corporativa e uma atenção maior das partes interessadas pelos comportamentos antiéticos corporativos (Mariappanadar et al., 2022). Nos próximos tópicos são apresentadas a fundamentação teórica, metodologia, resultados e discussão e as considerações finais. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA De acordo com Alves e Fernandes (2020), os ODS consistem em uma tentativa de colocar as mudanças da agenda ambiental em um escopo de implementação ambicioso das políticas públicas em perspectiva internacional, estando integrado às necessidades sociais, ambientais, de consumo e produção. Os ODS integram a Agenda 2030 e estão estruturados em 17 objetivos, e em 169 metas que foram estruturados em cinco pilares, sendo eles: pessoas, planeta, prosperidade, paz e parcerias (Khajuria et al., 2022; ONU, 2015) e podem ser vistos como um desdobramento dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos em 2000 pela Assembleia Geral da ONU, instituídos em torno de oito objetivos, 21 metas e 60 indicadores (Almeida Filho; Santos, 2021). Há um esforço global em curso para abordar os ODS. Na esfera corporativa, as empresas têm a responsabilidade de identificar o seu papel na consecução dos objetivos e das metas propostas (Voola et al., 2022). Perello-Marin, Rodríguez-Rodríguez e Alfaro-Saiz (2022), destacam que muitas empresas apresentam dificuldades em identificar quais os ODS são mais alinhados aos seus negócios e como elaborar indicadores para monitorar o progresso no cumprimento desses objetivos. Calabrese et al. (2021) complementam que não deve ser subestimado o papel das empresas nos ODS devido ao seu potencial de inovação e mobilização de recursos junto às partes interessadas. Pequenas e médias empresas possuem interesse
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