Ambiente: percepções 2024

45 Eduardo Herzer, Luciana da Rocha Santos, Cátia Aguiar Lenz, Daiane Trindade Costa, Clauton Fonseca Sampaio, Haide Maria Hupffer e Andressa Müller nos ODS, porém veem os mesmos distantes de sua realidade, sendo necessário diminuir essa sensação através de ações de conscientização e sensibilização (Smith et al., 2022). Observa-se que as empresas devem integrar a sustentabilidade no negócio, assim as atividades relacionadas aos ODS, devem gerar valor econômico e serem lucrativas, assim indo além da caridade (SDG Compass, 2015; Yamane; Kaneko, 2022). O atingimento de metas econômicas, sociais e ambientais de forma equilibrada, e a inter-relação entre as organizações governamentais e stakeholders são partes integrantes da sustentabilidade empresarial. A sustentabilidade empresarial tem como estratégia atender as necessidades da empresa e de seus stakeholders, além de gerar lucros para acionistas, qualidade de vida com quem interage e preservar o meio ambiente (Andino, 2011; Elkington, 1997; Van Marrewijk, 2003). De acordo com Algarni et al., (2022), as empresas não devem apenas focar no desempenho econômico, mas devem aplicar medidas para reduzir seu impacto ambiental por meio de ações que se traduzam em mudanças de comportamento, conhecimento ou habilidade. Desta forma Gunawan, Permatasari e Fauzi (2022), indicam que o relatório de sustentabilidade é uma forma da empresa apresentar seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e descrever sua estrutura de governança corporativa. A prática de publicação de relatórios de sustentabilidade têm sido uma realidade e, de certa forma, legitimiza a pressão da sociedade por evidências de ações voltadas para um futuro melhor (Boiral; Heras-Saizarbitoria, 2020; Borges et al., 2022). Observa-se que, a publicação dos relatórios apresenta-se com uma tendência de crescimento em função do desenvolvimento de diretrizes e padrões, tais como do GRI (Global Reporting Initiative), publicado pela primeira vez em 2000 (GRI, 2016; Kolk, 2010). O compromisso das empresas do ramo calçadista com a sustentabilidade pode ser reconhecido pela “Origem Sustentável”, uma certificação ESG exclusiva desse ramo. Origem Sustentável não é somente uma certificação, mas também um programa que guia a evolução das empresas, com estratégias de gestão eficiente, resultados econômicos, responsabilidade social e ambiental, envolvendo toda a cadeia produtiva do calçado (Origem Sustentável, 2024). Os resul-

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