E depois dos desastres? Natureza e ciência: uma reconstrução assertiva

11 ENTRE RESTOS E MEMÓRIAS: UMA REFLEXÃO SOBRE AS IMAGENS DO DESASTRE Júlio César da Rosa Herbstrith1 O presente texto busca ser um relato em forma de ensaio sobre o impacto das imagens oriundas de calamidades sociais que emergem com o avanço dos eventos climáticos extremos. Parte-se de uma perspectiva de análise da experiência de vivenciar o evento das inundações ocorridas no estado do Rio Grande do Sul em maio de 2024. O texto discorre, sobretudo a respeito das imagens que de forma metafórica, mas nem tanto, inundaram as redes sociais, apresentando os eventos em tempo real. Ainda, problematiza como as imagens podem servir para alimentar o dissenso e construir a controvérsia sobre os fatos, na mediada em que se associam ou são associadas às notícias falsas. Mesmo que o texto seja desenvolvido como um relato ensaístico sobre a memória e as imagens no contexto dos desastres sociais, aportam as reflexões aqui presentes os autores George Didi-Huberman (2018), Giselle Beiguelman (2021) e Jonathan Crary (2023) que discutem a potência das imagens no contexto contemporâneo em uma era de transformações sistêmicas no modelo capitalista. 1 Doutor em História, Teoria e Crítica da Arte pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS. Mestre em História, Teoria e Crítica da Arte pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS. Professor nos cursos de Graduação e Pós-Graduação da Universidade Feevale. Docente integrante do Laboratório de Vulnerabilidades, Riscos e Sociedade da Universidade Feevale (LaVuRS/Feevale). DOI: https://doi.org/10.29327/5564333.1-1

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