Além de perdas humanas: reflexões sobre os impactos do evento hidrogeoclimático e socioambiental na biota após o desastre 120 lução de uma biota bastante particular na região, inclusive com um Bioma característico, denominado de Bioma Pampa, às vezes chamado de Campos Sulinos. Mais ao norte, observa-se o Bioma Mata Atlântica, com uma formação vegetacional bastante característica, e uma zona de transição entre a Mata Atlântica e o Pampa. O estado apresenta basicamente três tipos de relevo: planaltos, planícies e depressões, com subdivisões características, que tem origemnas diferenças geomorfológicas regionais. Simplificadamente, o planalto localiza-se ao norte do estado com altitudes acima de 1.000 metros, a planície costeira, também chamada de litoral, ocorre em toda Costa Atlântica do território gaúcho e apresenta baixas altitudes (menos de dez metros) e terreno levemente ondulado, é a região das grandes lagoas. A depressão central corresponde a áreas com pouca altitude (que normalmente não ultrapassam 400 metros), desdobrando-se uma faixa larga que se estende de Leste-Oeste, e compreende a Bacia Hidrográfica do Rio Jacuí e seus afluentes, nessa região está localizada a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), com elevada densidade populacional e muitos municípios afetados na inundação de maio e junho de 2024. O Rio Grande do Sul apresenta uma das redes hidrográficas com maior disponibilidade de água do Brasil, com densa malha superficial, dividida em três grandes regiões hidrográficas (Fig. 1): Região Hidrográfica da Bacia do Rio Uruguai, que drena cerca de 57% da área total do Rio Grande do Sul, Região Hidrográfica da Bacia do Lago Guaíba que drena 30%, e Região Hidrográfica das Bacias do Litoral, que abrange cerca de 13% do território gaúcho.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz