133 Marcelo Pereira de Barros, Jenifer Panizzon, Caterine Noschang, Júlia Guimarães Borba, Leonardo Morellato Pereira e Luísa Averbeck Figura 6. Vista aérea das inundações no Rio Grande do Sul emmaio de 2024, mostrando o extenso alagamento das áreas de planície que forçou animais silvestres a deixarem seus habitats naturais em busca de abrigo, exacerbando os riscos para a fauna local. Fonte: Mauricio Tonetto. Baroni, 2024. Os animais escapam das enchentes usando diferentes meios e a diferentes velocidades (Fig. 7). Filhotes, mamíferos e répteis em hibernação geralmente não conseguem migrar, o que aumenta sua vulnerabilidade. Já os mamíferos adultos, aves, anfíbios, répteis e alguns outros mamíferos possuem alguma capacidade de nadar, embora limitada. Animais com baixa capacidade de migração têm maior probabilidade de morrer durante enchentes. Mamíferos, sendo animais de sangue quente, não tolerambembaixas temperaturas, e uma hipotermia pode ser fatal. Anfíbios, que começam a hibernar quando a temperatura cai abaixo de cinco graus até 15°C, não são afetados pelas enchentes quando a temperatura está acima de 15°C. Contudo, a sobrevivência deles também é prejudicada pelas baixas temperaturas (Zhang et al., 2021). As enchentes impactaram fortemente a fauna e flora locais. Em Porto Alegre, por exemplo, animais silvestres como tatus e capivaras foram vistos buscando refúgio em áreas urbanas devido à destruição de seus habitats naturais, o que aumentou os riscos de conflitos com a população. A proliferação de espécies invasoras,
RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz