143 Jenifer Panizzon, Thaís Fátima Rodrigues e Vanusca Dalosto Jahno Segundo o Groupe de travail du Grenelle de l’environnement (2008) resíduos pós-desastre são definidos como materiais, objetos e detritos que, após umdesastre natural, tornam-se não comestíveis, inutilizáveis ou capazes de causar impactos negativos ao meio ambiente e à saúde humana. Além disso, esses resíduos podem representar uma ameaça à biodiversidade. Entre o final de abril e o final de maio de 2024, o estado do Rio Grande do Sul foi assolado por chuvas intensas que causaram uma devastação generalizada. A força das águas resultou na destruição de cidades inteiras, na derrubada de pontes, na interrupção de estradas e na inundação de áreas urbanas e rurais (Emater, 2024; Marengo, 2024). Os resíduos resultantes desse tipo de desastre frequentemente se encontram em condições que impedem seu reaproveitamento imediato, pois a maioria está contaminada com lama, como pode ser observado em fotos divulgadas pela mídia (Figura 1). Figura 1 – Imagens dos resíduos gerados em várias cidades do RS durante as chuvas intensas de abril/maio de 2024. Fonte: G1 (2024); Gaúcha ZH (2024); O Globo (2024); Notícias UOL (2024). A interrupção na coleta e no gerenciamento de resíduos sólidos agravou significativamente os riscos à saúde pública. Diante dessa situação, torna-se importante desenvolver planos de contingência efi-
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