E depois dos desastres? Natureza e ciência: uma reconstrução assertiva

Planejamento e resiliência: gerenciamento de resíduos sólidos em situações de desastres 144 cazes para a coleta e disposição de resíduos em cenários de desastre. Esses planos devemassegurar a continuidade dos serviços essenciais e a proteção da saúde pública, minimizando os impactos negativos decorrentes da interrupção dos processos de gerenciamento de resíduos. A implementação de tais medidas é crucial para garantir a resiliência das comunidades afetadas e a mitigação dos riscos sanitários e ambientais associados. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi analisar os impactos e gerenciamento dos resíduos sólidos pós-desastres. 1 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PÓS-DESASTRES Uma das maiores dificuldades quando se trata da gestão e gerenciamento de resíduos oriundos de desastres naturais é a sua ampla diversidade, diferindomuito dos resíduos normais. É por esse motivo que a separação correta dos materiais nas fases iniciais de gestão de resíduos é tão importante, afinal, quanto maior o montante de material reciclado, melhores serão os resultados dessa ação (Agamuthu et al., 2015). Segundo Brown et al. (2011) a maior parte dos resíduos de desastres urbanos é oriundo de construção civil. Entretanto, isso depende do tipo de desastre natural, como apresentado no quadro 1. Quadro 1 – Principais tipos de resíduos gerados por tipo de desastre natural Tipos de resíduos Inundações Terremotos Tornados Furacões Erupções vulcânicas Sedimentos (solo, lama e areia) x x x x Resíduos de vegetação x x x x Restos de móveis, veículos e similares x x x x Escombros de edificações danificadas e Resíduos de demolição x x x x Resíduos perigosos em geral x x x x x Resíduos biológicos x x x x x Resíduos sólidos urbanos x x x x Resíduos eletrodomésticos x x x x Cinzas e madeiras x x x Fonte: Adaptado de Brown, Milke e Seville (2011); OPAS (2003); Tabata et al. (2016).

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