151 Jenifer Panizzon, Thaís Fátima Rodrigues e Vanusca Dalosto Jahno CONSIDERAÇÕES FINAIS A diversidade e quantidade de resíduos gerados durante e após um desastre torna o processo de gerenciamento muito difícil. Tendo em vista o cenário brasileiro, no qual a gestão de resíduos sólidos é deficitária emmuitas regiões, o desafio se torna ainda maior. Políticas públicas que visem a redução da geração e uma destinação mais eficaz, quando necessária, dos grandes volumes de resíduos oriundos principalmente das atividades antrópicas já existem, mas não são suficientes para lidar com a complexidade do problema quando há um evento climático na proporção observada no estado do Rio Grande do Sul. Além das perdas materiais, que representam a maior parte dos resíduos gerados e coletados pós-desastres, há também a contaminação dos recursos naturais, dos corpos hídricos, do solo, do ar atmosférico e todos os danos relacionados à biodiversidade local, ou seja, há uma consequente piora da qualidade ambiental de uma forma geral. Muitos bairros ainda estão com muitos resíduos nas ruas após 4 meses do desastre, dificultando o acesso e causando impactos ambientais e à saúde humana, sem perspectiva de recolhimento nem de uma melhora na qualidade de vida das comunidades que residem nesses locais. Como trazido neste capítulo, existem documentos orientadores que podeme devemser utilizados pelos órgãos responsáveis, que definem os tipos, as prioridades de tratamento, possíveis soluções e destinações mais adequadas. Fato é, que há ainda um despreparo das administrações públicas para lidar com a questão dos resíduos e medidas mais preventivas e menos responsivas devem ser priorizadas, a fim de minimizar os impactos em todas as esferas; ambiental, social e econômica, e garantir que em caso de novos desastres, esse cenário degradante não se repita. REFERÊNCIAS AGAMUTHU, P. et al. Impact of flood on waste generation and composition in Kelantan. Malaysian Journal of Science, v. 34, n. 2, p. 130-140, 2015.
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