E depois dos desastres? Natureza e ciência: uma reconstrução assertiva

Entre restos e memórias: uma reflexão sobre as imagens do desastre 16 Figura 3: Leonardo da Vinci, A map of the Arno west of Florence. 1504/1504. 42,2 x 24,2 cm Fonte: Google Arts and Culture. A map of the Arno west of Florence- Leonardo da Vinci — Google Arts & Culture No entanto, o que os eventos extremos têm nos mostrado é que somos parte da natureza. Achamos que estamos separados dela, porque construímos ao longo de nossa história a ideia moderna de que o “Homem é o centro de todas as coisas”. Este pensamento de Protágoras (490 a. C – 415 a. C) que Keneth Clark (1903-1983) usa como título de um capítulo de seu livro que celebra a civilização e seus feitos, sobretudo a civilização europeia e a sua produção simbólica denominada Arte, este pensamento nos coloca à parte da Natureza. Leonardo da Vinci, propôs o Homem dentro de um círculo e de um quadrado para relembrarmos da beleza da proporção que Vitruvius (80 a. C – 15 a. C) ensinou em seus tratados. Ao nos colocarmos no centro de todas as coisas, esquecemos que fazemos parte de um fluxo de coisas. Nos separamos da Natureza, porém sem nós ela existiu, sem nós ela resiste, e sem nós ela seguirá.

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