E depois dos desastres? Natureza e ciência: uma reconstrução assertiva

Da crise à inovação: orquestrando respostas aos desastres climáticos 160 verificar-se que apenas 1,29% das startups instaladas no Brasil no ano de 2020 eram da área ambiental. Como oportunidades destacadas para incentivar investimentos nessa área estão as parcerias público-privadas (sendo os governos potenciais parceiros e clientes desses empreendimentos), e a inserção de práticas empreendedoras nas Universidades e Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs). Silva, Sousa e Costa (2023), avaliamque as Universidades têm buscado por um ambiente propício à inovação, fortalecendo relações com ICTs e empresas do setor privado. Nessa integração de diferentes atores, surgem os ecossistemas de inovação, compostos por uma rede de universidades, governos, empresas e sociedade civil, que “colaboram para gerar conhecimento e desenvolver novas tecnologias. Esses ecossistemas facilitam parcerias público-privadas, essenciais para o desenvolvimento de soluções urbanas inovadoras” (Schonr et al., 2024, p. 1). De acordo com Schorn et al. (2024), os EIs podem apoiar o desenvolvimento de cidades inteligentes, a partir da aplicação de soluções de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), que permitem um monitoramento mais eficiente dos problemas de infraestrutura da cidade, além de fomentar a governança participativa pela comunidade, por meio de plataformas digitais. A colaboração de diferentes atores da sociedade, combinado uso de tecnologias pode incentivar ações empreendedoras sustentáveis, e cidades mais resilientes aos desafios ambientais atuais. Dentro dos ecossistemas de inovação, podem ainda ser criadas comunidades de inovação, que são nichos voltados a pensar “novos futuros”, mais sustentáveis e resilientes às mudanças climáticas. Nesse sentido, apesar da importância das diretrizes nacionais e internacionais para prevenção e redução dos riscos de desastres, entender as necessidades locais é essencial, atendendo as prioridades dos mais afetados, e buscando financiamentos para essas ações por meio do ecossistema (López-Gunn et al., 2024). Para orientar essas ações, a orquestração no ecossistema de inovação consiste no papel de uma pessoa ou entidade que deve definir e gerenciar os papeis dos atores desse ecossistema, promovendo o bom desenvolvimento dos projetos, de forma a proporcionar uma visão integrada das partes sobre o objetivo comum do todo (Matos; Teixeira, 2022). Shen et al. (2024) identificaram que as prin-

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