E depois dos desastres? Natureza e ciência: uma reconstrução assertiva

Defesa Civil e gestão de riscos: um estudo sobre as ações realizadas pelos municípios afetados pelos eventos climáticos de maio de 2024 no Rio Grande do Sul 180 nitárias, com o objetivo de enfrentar vulnerabilidades e ameaças presentes no território. Entender a vulnerabilidade social é essencial para a análise dos riscos e desastres, e a mesma pode ser classificada em (a) causas profundas: organização social, política e econômica e as desigualdades estruturais; (b) pressões dinâmicas: condições que levaram ao cenário de risco; (c) condições inseguras: ambiente físico frágil. A vulnerabilidade ainda apresenta dimensões, que podem ser: física, ambiental, econômica, social, ideológica, educacional, organizacional, política, institucional, técnica (Brasil, 2021). O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), elaborou o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres, dividido em: (a) mapeamento: áreas de suscetibilidade, mapas de áreas de risco e cartas geotécnicas; (b) monitoramento e alerta: estruturação da a Rede Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais; (c) prevenção e infraestrutura: ações para execuções de obras voltadas à prevenção; (d) respostas a desastres: ações para ajuda, assistência e reconstrução de áreas atingidas (Brasil, 2022). Considerando o GRD, as áreas de risco são aspectos a partir da visão de planejamento do território, com influências históricas, políticas, sociais e ambientais. Os riscos relacionados a desastres são aqueles com potencial de ocorrer algo nocivo, danoso para a sociedade no futuro. Gerir riscos significa propor ações antecipatórias que possam reduzir a possibilidade de danos e perdas, ou pelo menos amenizar suas consequências. Perceber a existência do risco é fundamental para analisar a situação, compreender sua gravidade e alcance e para que sejam adotadas práticas específicas para enfrentá-lo (Brasil, 2021). É importante ressaltar que o tema de gestão de risco de desastres naturais é transversal. Portanto, exige uma efetiva integração e articulação com outros vários setores, destacando-se: Cidades – Planejamento Urbano, Saúde, Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Recursos Hídricos, Agricultura, Biodiversidade e Ecossistemas, além de Zonas Costeiras (Brasil, 2016). ATUAÇÃO DA DEFESA CIVIL A partir de Segunda Guerra Mundial, os governos estabeleceram instituições responsáveis por atender a população e mesmo

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