E depois dos desastres? Natureza e ciência: uma reconstrução assertiva

181 Graciane Berghahn Konzen, Valessa Jamile Santos, Daniela Müller de Quevedo, Roberta Plangg Riegel e Annette Droste após o fim da guerra, as instituições seguiram, se adaptando à necessidade e realidade dos processos de desenvolvimento históricos, oportunizando a criação de instituições de Proteção e Defesa Civil e a gestão de risco a partir de um processo de construção social (Brasil, 2017). Ainda a partir da segunda metade do século passado, a humanidade pôde acompanhar as consequências da Revolução Industrial, que focava apenas no crescimento econômico, não zelando pela qualidade do ambiente e a consequente saúde da população. Contaminações de rios, poluição do ar, vazamento de produtos químicos nocivos e a perda de milhares de vidas, são as consequências que fizeram com que a população e a comunidade científica, além de governantes de todo o mundo, passassem a discutir e buscar formas de remediação ou prevenção para que tamanhas catástrofes não se repetissem. Atualmente, a condição ambiental que vivemos é reflexo de uma série de erros e decisões tomadas no passado. A temática ambiental é um tema obrigatório, pois compromete a nossa e as futuras gerações, bemcomo a qualidade de vida de todos os seres vivos do planeta (Pott; Estrela, 2017). O serviço de Proteção e Defesa Civil é constituído por ações que visam evitar, prevenir ou minimizar as consequências dos eventos desastrosos, além de atender as populações atingidas, preservando sua integridade, limitando os riscos de perdas materiais e restabelecendo o bem-estar social. No Brasil, a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil foi estabelecida por meio da Lei 12.608/2012, que posteriormente foi alterada para a Lei 14.750/2023. A nova lei busca aprimorar os instrumentos de prevenção de acidentes ou desastres e de recuperação de áreas por eles atingidas, as ações de monitoramento de riscos de acidentes ou desastres e a produção de alertas antecipados (Brasil, 2023). Dentre as ações da Defesa Civil, estão: prevenção, mitigação e preparação: medidas anteriores à ocorrência do desastre, para reduzir e/ou evitar danos. Resposta: ações emergenciais, realizadas durante ou após o desastre, no atendimento à população e otimização dos serviços essenciais. Recuperação: ações realizadas após o desastre para retornar à situação de normalidade, que abrangem a reconstrução de infraestrutura danificada ou destruída, e a reabilitação do meio ambiente e da economia, visando ao bem-estar social (Brasil, 2017).

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