A relação entre os desastres, as flexibilizações e comportamentos que desafiam o meio ambiente 68 os riscos de desastres, fortalecer a governança, investir na redução dos riscos e aumentar a preparação (UNISDR, 2015). Neste sentido, abordar a capacidade de gerenciar as catástrofes e suas causas é determinante na constituição de políticas públicas, direcionadas a instaurar estruturas que busquem prover a compreensão dos perigos, a avaliação dos riscos, a prevenção, o enfrentamento dos desafios e os conflitos territoriais e resposta. A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil é a diretriz legal, que prevê a integração de ações de prevenção e resposta aos desastres no contexto brasileiro (Brasil, 2012). Embora explicite e aponte para a gestão de risco e de desastres de forma integral, considerando aspectos anteriores aos desastres, observa-se na prática que as ações, os programas e os investimentos realizados são massivamente direcionados à resposta das situações de desastres. É fundamental e determinante adotar as orientações internacionais, e que também estão presentes na legislação nacional, especialmente no que se refere ao ciclo de gestão de riscos e gerenciamento de desastres, que contempla as seguintes etapas: As estruturas municipais devem contar com órgãos gestores articulados para a atuação eficaz e a visão sistêmica dos riscos, com equipes técnicas preparadas e equipadas, o que ainda é um desafio para muitos municípios brasileiros, que necessitam de estruturas estaduais bem articuladas e orientações do ente federal. Segundo Martins (2019), aplicação de políticas públicas voltadas à redução de riscos e adaptação climática mostrou-se ser um desafio, não apenas pela histórica escassez de recursos, mas, principalmente, pela distância e desconexão de diálogo, e uma comunicação falha que é característica nas estruturas de proteção e defesa civil no Brasil. Também, a ausência de formação e preparação das equipes que trabalham no ciclo da gestão de desastres é uma ameaça à aplicação da lei, e no atingimento das orientações internacionais de redução de riscos de desastres (UNISDR, 2015).
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