123 Alejandro Knaesel Arrabal e Wilson Engelmann 1968) abordando aspectos em comum de estruturas complexas, fossem biológicas, mecânicas, sociais ou tecnológicas. No campo da psicologia, Lopes e Lopes (2009, p. 8) destacam a participação da tecnologia computacional para a valorização das pesquisas relacionadas aos processos mentais: Foi na década de 50 que o movimento cognitivista floresceu de fato. Vários eventos contribuíram substancialmente para esse florescimento: a teoria da informação (Shannon & Weaver, 1949); o estudo dos fatores humanos e as relações homem-máquina (engineering psychology) após a II Guerra Mundial (Broadbent, 1958; Lachman et al., 1979); [...] as pesquisas do linguista Noam Chomsky (1959) e a revisão de “O Comportamento Verbal” de Skinner (1957/1978) incendiaram o debate a respeito da natureza da linguagem; o advento do computador, que serviu como modelo para o estudo dos processos mentais (Crane, 1995; Eysenck & Keane, 1994; French & Colman, 1995; Teixeira, 1998, 2000; Thagard, 1998). Diversos congressos e seminários ocorridos nos Estados Unidos de 1955 a 1960, resgataram para a psicologia os temas da memória, da linguagem e da resolução de problemas, logrando êxito, emparte “pelo forte apelo retórico presente nessa verdadeira nova onda de descobertas sob o manto da interdisciplinaridade” (Lopes et al, 2018, p. 44-45). Em1956 JohnMcCarthy, então professor Assistente deMatemática da Faculdade de Dartmouth; MarvinMinsky, Junior Fellow emMatemática e Neurologia da Universidade de Harvard; Nathaniel Rochester, Gerente de Pesquisa de Informação da IBM e Claude Elwood Shannon, Matemático dos Laboratórios Bell Telephone, propuseram um Projeto de Pesquisa de Verão emDartmouth reconhecido como omarco do uso da expressão “Inteligência Artificial” (Darthmouth, [20--]). A proposta, capitaneada por McCarthy, partiu do pressuposto de que: [...] todos os aspectos da aprendizagem ou qualquer outra característica da inteligência podem, em princípio, ser descrito com tanta precisão que uma máquina pode ser feita para simulá-la será feita uma tentativa de descobrir como fazer com que as máquinas usem a linguagem, formem abstrações e conceitos, resolvam tipos de problemas agora reservados aos humanos e melhorem-se. um ou mais desses problemas (McCarthy et al, 1955).
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