Discriminação algorítmica, Inteligência artificial, Hipervigilância digital e tomada de decisão automatizada

Hipervigilância, hacking governamental, genocídio quântico e big data 14 fornecimento de dados para se verificar os detalhes de tal operação, já que não ha dados oficialmente divulgados pelas empresas nem pelas instituiçes. Há uma assimetria de poder e de conhecimento, diante do evidente descompasso entre o que as empresas que operam com a utilização do sistema do capitalismo de vigilância sabem sobre nós, e o que sabemos do que fazem com nossos dados pessoais e ainda um aprofundamento de assimetrias norte-sul (Evangelista, 2018). Como apontam algumas pesquisas as inequalidades e o potencial de afronta a direitos humanos e fundamentais no ambito da IA são questõesmais problematicas empaises do Sul Global, havendo um maior impacto em locais onde ha uma negaço sistematica de direitos a comunidades com historico de opressao (Noble, 2018). Os acordos entre empresas e universidades brasileiras, em especial quanto ao Google Suite for Education e Microsoft Office 365 for Schools & Students, são reveladores de como tais relações são opacas, verdadeiras caixas pretas, faltando com o requisito fundamental para se falar em uma IA de confiança, qual seja, a transparência, em especial para aqueles que estão tendo seus dados pessoais utilizados. É o que aponta o relatorio da Electronic Frontier Foundation no que se refere aos EUA.4 Neste sentido, David Lyon, no curso realizado como iniciativa do CEADIN – Centro Avançado de Estudos, em Inovação e Direito da Universidade de São Paulo, Faculdade de Direito, campus Ribeirão Preto, aponta que na origem, na década de 1990 a vigilância era definida como a atenção sistemática e rotineira a pormenores pessoais com a intenção de influenciar, gerir, proteger ou orientar indivíduos, envolvendo, pois, uma observação direcionada, sistemática e rotineira, com diversos fins, entre eles, influência nos meiosdecomunicaçãosocial, as relações laboraiseocomportamento organizacional. Embora geralmente associada a entidades como a polícia, agências de segurança, controles fronteiriços e similares, a vigilância também pode exercer influência nas escolhas de vida, nas decisões de compra ou no trabalho, tendo seu conceito sido, posteriormente, alargado para incluir tanto a operação como a experiência da vigilância, envolvendo recolha, análise e utilização de dados pessoais para moldar escolhas ou gerir grupos e populações. 4 Disponível em: https://www.eff.org. Acesso em: 20 out. 2024.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz