A precaução emanada de recomendações internacionais para edificação de estratégias responsáveis no desenvolvimento e implementação de sistemas de inteligência artificial 300 dos riscos se faz essencial e marca o início de uma nova era que demonstra a necessidade de gerenciamento das tecnologias emergentes a partir da inteligência humana para ligar com problemas de alta complexidade (Berente, 2021, p. 1433-1450). A Inteligência Artificial (IA) atualmente possui a capacidade de realizar determinadas tarefas com maior velocidade e eficiência em comparação aos seres humanos. Assim, na tomada de decisão, contribuem com sua alta capacidade de processar numerosos dados e informações complexas, de forma mais precisa que a mente humana, podendo para tanto criar cenários, analisar riscos, possibilidades de ocorrência, auxiliando assim em alternativas para solucionar questões de forma estratégia. Ademais, a IA já é usada para detecção e prevenção de desastres naturais ações de combate ao aquecimento global. Portanto, a IA assim como as demais novas tecnologias esta atrelada tanto na criação de novos riscos quanto no auxílio para o gerenciamento dos riscos já existentes ou futuros. Mas o Princípio da Precaução, de que forma ele se revela em ações quanto a Inteligência Artificial? Beck (2018, p. 11), menciona que as mudanças ocorridas no mundo decorrentes da modernidade provocam um “choque fundamental, uma alteração que rompe as constantes antropológicas de nossa existência e de nossas compreensões anteriores de mundo”. Ele menciona assim que o mundo de hoje perpassa por uma metamorfose em que “o que foi impensável ontem é real e possível hoje”. Ou seja, o desenvolvimento da IA era impensável no passado e hoje é presente diariamente na vida de todos. Percebe-se que diferentemente da aplicação da precaução quanto as nanotecnologias, por exemplo, em que as ações estão relacionadas a gama de resultados científicos de riscos apresentados por produtos, substâncias e mecanismos, na IA as ações de precaução circundam mais em medidas éticas, protetivas aos Direitos Humanos (vida, liberdade, honra, privacidade, emprego...). Neste sentido, Schwab (2018, p. 188) em relação a IA menciona quais seriam os maiores problemas que se deve considerar: • Normas éticas: é necessária a criação de princípios e diretrizes relativos aos padrões éticos e expectativas normativas dos processos autônomos emáquinas. Vários órgãos e grupos, tal como o UK En-gineering and Physical Scien-
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