Discriminação algorítmica, Inteligência artificial, Hipervigilância digital e tomada de decisão automatizada

Navegando no metaverso: benefícios, riscos, discriminação algorítmica e a necessidade de regulamentação para proteger o consumidor 364 CONCLUSÃO O presente estudo buscou explorar o processo migratório tecnológico que levou dos ambientes bidimensionais para os considerados tridimensionais, culminando nos ciberespaços denominados Metaversos. Essa transição, intrinsecamente relacionada às relações jurídicas que existem no mundo físico, exigiu uma análise abrangente que percorreu desde a história da realidade virtual até a evolução do mundo digital bidimensional e tridimensional. Ao definir a diferença entre realidade virtual e realidade aumentada, estabeleceu-se as distinções entre 2D e 3D, explorando se que as plataformas calcadas no Metaverso possuem características intrínsecas ao tridimensionalismo. Nomesmo sentido, o estudo concentrou-se em aprofundar os conceitos jurídicos associados aos Metaversos e em compreender a aplicabilidade do Direito do Consumidor nesse contexto. Após a exposição dos primórdios tecnológicos até o surgimento de diferentes ciberespaços que também se caracterizam como Metaversos, explorou-se a definição das relações jurídicas de consumo e a personificação dos avatares. Logo, vislumbra-se que diante de toda trajetória histórica que culminou na ascensão do Metaverso, marcada por avanços tecnológicos desde o ano de 1946, o mundo virtual não só representou um salto para o universo digital, mas também consolidou a materialização de uma realidade futura já presente para ser explorada. Tal evolução tecnológica, desde suas raízes até os dias atuais, reflete não apenas uma transformação nos meios de interação e comunicação, mas também uma redefinição profunda na forma como compreende-se a virtualidade e sua interconexão com a realidade tangível. Assim, o Metaverso emerge como um ecossistema digital dinâmico e interativo, proporcionando experiências que transcendem as fronteiras físicas e desafiando nossas noções convencionais de espaço, tempo e interação social. Essa metamorfose tecnológica não apenas reflete um avanço na computação gráfica e nas interfaces virtuais, mas também sinaliza a confluência cada vez mais estreita entre o mundo digital e o cotidiano, trazendo problemas inerentes ao mundo jurídico, como a relação de consumo e suas nuanças.

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