379 Maiara Ubinski Bauer e André Rafael Weyermüller algoritmos e tecnologias avançadas, a IA possibilita que máquinas realizem tarefas que antes eram exclusivas de seres humanos, como tomar decisões, reconhecer padrões e até mesmo aprender com a experiência. Esse avanço na área da IA está transformando diversos setores da sociedade, desde a indústria até a medicina, e levanta questões éticas e filosóficas importantes sobre o papel da tecnologia no futuro da humanidade. No século XXI, a sociedade humana passou por transformações significativas, especialmente devido ao surgimento da Quarta Revolução Industrial, que foi impulsionada por numerosos elementos tecnológicos. Alguns foram destacados como acesso móvel e onipresente à internet, novos sensores pequenos, que eram baratos e capazes de capturar dados continuamente, além dos grandes desenvolvimentos em Inteligência Artificial (Schwab, 2016, p. 12). A IA passou a situar no centro de inúmeras aplicações que são encontradas todos os dias – como por exemplos, assistentes de voz, filtros de spam, diagnóstico por imagens, veículos autônomos, traduções automatizadas e até sistemas de recomendação de filmes. Elas dependiam de algoritmos que evoluíssem automaticamente em seu desempenho, encontrando regras e padrões em conjuntos de dados para fazer previsões precisas com base nos mesmos dados (Raschka; Mirjalili, 2019, p. 7). De acordo com Zeng, a Inteligência Artificial, que passou a estar em todo o lado e se tornou parte integrante da vida das pessoas, foi considerada um dos principais constituintes da sociedade contemporânea (Zeng, 2013, p. 2). Pode-se dizer que o primeiro trabalho importante em IA foi conhecido em 1943, realizado por Macculloch e Walter Pitts. Eles obtiveram informações de três fontes, como o conhecimento da fisiologia básica e da função dos neurônios do cérebro, uma análise formal da lógica proposicional criada por Russell e Whitehead e a teoria da computação de Turing. Eles sugeriram um modelo de neurônios artificiais, onde cada neurônio era tratado como “ligado” ou “desligado”; portanto, a condição de um neurônio foi tomada como uma proposição para corresponder ao seu estímulo apropriado (Russel; Norvig, 2004, p. 102). Foi Alan Turing o primeiro a desenvolver o conceito de IA, e o introduziu no uso científico em seu artigo, em 1950, “Computing Ma-
RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz