A plataformização da desinformação e o Projeto de Lei das Fake News 406 (padrões do mundo físico), a informação sobre a realidade (semântica e significados) e a informação para a realidade (informação genética, informação teórica, algoritmos). Discute em detalhes todas as abordagens e reflete criticamente o espaço da informação como um espaço de dados, em que a informção é “um dado bem construido, significativo e verdadeiro” (Floridi, 2011, p. 31). Sob o olhar de produção de conteúdo, é possível perceber a presença da desinformação em todas as suas três classificações nas plataformas digitais e redes sociais, ambiente que contribui com sua a reprodução e redistribuição sem fim. A sociedade da informação em Floridi (2002, p. 2), enquanto estrutura social, se desenvolveu ancorada em um conjunto de tecnologias da informação e da comunicação (TIC). Como experiência técnica, a sociedade da informação, “já colocou problemas éticos fundamentais, cuja complexidade e dimensões globais estão evoluindo rapidamente”. O poder tecnológico disponível é enorme e as responsabilidades éticas e morais para com as gerações presentes e futuras, são também, igulamente enormes. A mente informacional constrói seu próprio mundo e precisa lidar com os artefatos que construiu. Neste sentido, Floridi (2002, p. 2) observa o fenômeno da infoesfera possibilitado pela digitalização e que ao longo das últimas décadas se transformou em um espaço real em que as pessoas se encontram, interagem e passam concectadas por longo tempo. O ciberespaço não é um espaço geográfico, linguístico, social ou político, mas é um “espaço atópico da vida mental, da educação à ciência, das expressões culturais à comunicação, do comércio à recreação”. Não há fronteiras físicas, países, sistemas políticos, tradições religiosas, culturas e gerações delimitadas para conviver na infoesfera, pois todos “podem habitar a infoesfera e formar uma comunidade de ‘internautas’” (Floridi, 2002, p. 2-3). A informação, que aqui é analisada, é a que se dá a partir da relação entre tecnologia e comunicação. Semal utilizada gera grande riscopara a autodeterminação coletiva das sociedades democráticas. Zimmermann e Kohring (2018, p. 526) pontuam que a desinformação, a mentira e as “fake news” têm causado debates científicos em diferentes países. As redes digitais e sociais ao possibilitarem que todas as pessoas possam divulgar informações sobre temas e eventos para públicos potencialmente ilimitados, facilitam a divulgação
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