Anais do XXI Seminário Internacional Nanotecnologias, Sociedade e Meio Ambiente desafios jurídicos éticos e sociais para a “grande transição sustentável” (XXI SEMINANOSOMA) 130 cluindo aqueles rígidos e biopersistentes com alta relação de aspecto (HARN), ou com alta reatividade em ensaios acelulares e presença de componentes CMR (cancerígenos, mutagênicos, tóxicos para reprodução). Esses materiais são priorizados para avaliação detalhada nas fases seguin- tes. Já os materiais não-nano ou com rápida dissolução em água são classificados como verdes e dispensados da análi- se nanoespecífica, enquanto os de bandeira laranja exigem uma análise adicional de cinética e toxicidade na Fase II, pois apresentam risco intermediário. A triagem inicial permite direcionar recursos para materiais e aplicações com maior risco potencial. • Fase II: Nesta fase, os nanomateriais identificados como de risco médio (laranja) na Fase I passam por uma análise aprofundada. A Fase II foca em obter informações sobre a cinética e toxicidade do material, com análises em sistemas biológicos acelulares e in vitro. A avaliação inclui parâme- tros como solubilidade em diferentes meios, reatividade e potenciais efeitos genotóxicos e imunotóxicos. Uma característica importante dessa fase é a consideração dos cenários de exposição, que identificam como e em quais condições o material entra em contato com organismos humanos e ambientes ocupacionais e de consumo. Esses cenários de exposição são definidos com base em possíveis vias de exposição, como a inalação, a ingestão e o contato dérmico, ajudando a estabelecer condições realistas para os testes e a definir os grupos populacionais potencialmen- te mais afetados. Com isso, a Fase II ajuda a determinar se o material deve progredir para a Fase III. • Fase III: A fase final complementa as análises da Fase II com estudos in vivo e outros testes avançados que refletem as condições reais de exposição. Nesta fase, os estudos focam na absorção, distribuição, metabolismo e excreção (ADME) do nanomaterial em organismos modelos, além de confirmar potenciais efeitos reprodutivos, imunotóxicos e genotóxicos. Os cenários de exposição são novamente con- siderados aqui, mas com foco em monitorar os efeitos ao longo de todo o ciclo de vida do nanomaterial, desde a pro- dução até o descarte, cobrindo as diferentes condições em que o material pode ser liberado no ambiente ou interagir
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