287 Anais do XXI Seminário Internacional Nanotecnologias, Sociedade e Meio Ambiente desafios jurídicos éticos e sociais para a “grande transição sustentável” (XXI SEMINANOSOMA) de muitos colegas de investigação sobre nanotecnologia que contribuíram para que ao final podemos produzir estas reflexões sobre as questões que devemos enfrentar para construir um ciclo virtuoso na divulgação científica brasileira. As diversas contribuições serão devidamente explicitadas no decorrer deste texto. 2. Questões relativas a comunidade científica brasileira. O primeiro aspecto a ser aqui explicitado trata-se de um para- digma adotado pela comunidade científica, explicitada em ações e em debates com o autor deste texto de que “só pode decidir sobre o que pesquisar, quem entende do assunto”. Portanto, vamos deixar claro que aqui que não se trata de decidir sobre o método de pesquisa que o pesquisador irá usar. Neste campo o pesquisador tem total liberdade de escolha. O que se trata aqui são as definições sobre o que pesquisar, para que e para quem. A sociedade que é boa para arrecadar recursos para a realização de pesquisas no Brasil, também deve ser boa para decidir que novos conhecimentos devemos produzir. Por exemplo, de maneira geral, devemos utilizar os recursos público para produzir mais novos conhecimentos relativos a ciência e tecnologia de novos processo e produtos ou produzir mais conhecimentos sobre os impac- to sociais, ambientais, econômicos, regulatórios, éticos, saúde , etc. Até este mês de outubro de 2024, não ha estatísticas do uso dos recursos públicos para a produção de novos conhecimento nestes dois grupos aqui indicados de novos conhecimento relativos a “ciência de proces- sos e produtos” e novos conhecimentos para “ciência de impactos”. Em uma única ocasião tivemos a oportunidade de analisar os recursos públicos aplicados no desenvolvimento das nanotecnologias no Brasil dentro deste quadro de “ciências de processos e produtos” x “ciências de impactos”, no período de 2001 a 2006. Isto porque neste período tivemos apenas um edital do MCT/CNPq, de número 13/04, que abriu a possibilidade de estudos relativos aos impactos das nanotecnologias. O resultado desta analise esta publicado em nosso li- vro Revolução Invisível, Desenvolvimento recente da nanotecnologia no Brasil publicado em 2007.3 O resultado da análise indica que os recur- sos públicos aplicado no período indicado foram apenas 0,00071% na produção de novos conhecimentos na “ciência dos impactos”. Com o advento dos editais relativos aos “Instituto Nacional de Ciência e Tec- nologia” – INCTs não houve mais a possibilidade de realizar as com3 MARTINS, Paulo R. et al. Revolução invisível. Desenvolvimento recente da nanotecnologia no Brasil. São Paulo: Xamã, 2007. p. 45-47.
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