XXI SEMINANOSOMA

293 Anais do XXI Seminário Internacional Nanotecnologias, Sociedade e Meio Ambiente desafios jurídicos éticos e sociais para a “grande transição sustentável” (XXI SEMINANOSOMA) Esse grupo poderoso prioriza a quantidade de pesquisa em detrimento da qualidade, fazendo com que cientistas desembolsem grandes quantias apenas pela honra de serem publicados, de acordo com um novo estudo realizado por renomados acadêmicos do Canadá e da Alemanha, publicado no MIT Press Direct. (…) “Desde o início da década de 2010, mais da metade de todos os artigos em periódicos revisados por pares foram publicados por algumas empresas com fins lucrativos que controlam a maioria da publicação acadêmica e contri- buem para uma estrutura de mercado oligopolistica”, escreveu o autor. A Springer Nature, uma empresa alemã -britânica de publicação acadêmica, gerou a maior receita com taxas de publicação de aces- so aberto entre 2015 e 2018, de acordo com o estudo. Essas lucrativas taxas, oficialmente denominadas “taxas de processamento de artigos”, podem ultrapassar US$ 2.500 por estudo publicado. Os autores ou suas instituições arcam com esse custo pelo privilégio da publicação de acesso aberto. Dois dos periódicos da Springer Nature – Scientific Reports e Nature Communications – representaram grande parte do lucro da editora, obtendo US$ 105,1 milhões e US$ 71,1 milhões, respectivamente. No total, o estudo estima que os autores pagaram a esses cinco grandes editores mais de US$ 1 bilhão em taxas de publi- cação de 2015 a 2018, demonstrando como um punhado de empresas comerciais domina a publicação acadêmica e obtém lucros imensos com as taxas cobradas dos autores. Fonte: John Mac Ghlionn, op. cit.

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