Anais do XXI Seminário Internacional Nanotecnologias, Sociedade e Meio Ambiente desafios jurídicos éticos e sociais para a “grande transição sustentável” (XXI SEMINANOSOMA) 296 eleições no Brasil, configurando então uma democracia restritiva ao ilustrados formalmente pelo sistema de ensino vigente, na questão re- lativa do desenvolvimento das ciências e tecnologias no Brasil padece de estigma semelhante a que os analfabetos estiveram submetidos. No caso atual, a sociedade brasileira que e boa para pagar as pesquisas realizadas no Brasil, não e boa para participar do processo de decisão de que pesquisa fazer e para quem. Sem a solução dessa do paradig- ma elaborado e exercido pela comunidade cientifica brasileira de que “só pode decidir quem entende do tema” não haverá uma democracia efetiva no campo das ciências e tecnologias no Brasil. É de domí- nio público de que informação é poder, na medida que a divulgação científica no Brasil não compartilha as informações produzidas pelos pesquisadores brasileiros (nenhuma agencia de fomento as pesquisas publica em seus site os relatórios das pesquisas financiadas para que qualquer brasileiro tenha acesso) e as consequências desta postura e a materialização de que informação e poder acima indicada. Somente os membros da comunidade científica brasileira é que tem acesso a essa informações, mas a sociedade que paga as pesquisas não tem. Sem a solução desta questão não haverá a possibilidade de introduzirmos um ciclo vitorioso da divulgação científica no Brasil. O produtivismo imposto a comunidade cientifica brasileira via o neoliberalismo na ciência, com suas consequências em que mais pro- dução é igual a menos qualidade das pesquisas realizadas, não deve ser mais o fator central de obtenção de novos recursos financeiros para que o pesquisador receba novos recursos públicos. Obrigatoria- mente, todas pesquisas feitas com esses recursos públicos deverão ser publicadas em português , com acesso publico e universal nos sites das agencias de fomento que financiam as pesquisas no Brasil. Para não depender do mercado oligopolizado das editoras de paper e de seus custos exorbitantes, os governos brasileiros – federal e estaduais – via suas agencias de fomento a pesquisa devem estabe- lecer um programa de criação de journal em que o resultados das pes- quisas realizadas no campo das ciências exatas, naturais e humanas possam serem publicadas. Nos boards desse jourmals brasileiro deve- rão participar também a sociedade brasileira organizada de tal forma que quem paga para a realização das pesquisas também participe do processo de publicação das mesmas. Esse são pontos para a discussão pública sobre este tema de suma importância para a sociedade brasileira. E como já afirmamos no I Seminário Internacional Nanotecnologia, Sociedade e Meio Am- biente – I SEMINANOSOMA, que foi objeto de matéria de 22/10/2004
RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz