XXI SEMINANOSOMA

39 Anais do XXI Seminário Internacional Nanotecnologias, Sociedade e Meio Ambiente desafios jurídicos éticos e sociais para a “grande transição sustentável” (XXI SEMINANOSOMA) catalisadores e eletrólitos em baterias, células a combustível e supercapacitores, materiais para LEDs, materiais para geração e armazena- mento de hidrogênio, dentre outros) (ZARBIN, 2007). Somente com esse breve exemplo é possível relacionar aos resíduos, que podem se acumular indevidamente no meio ambiente. Uma revisão sobre a exposição a nanomateriais pode ser es- truturada de acordo com campo dos regulamentos: segurança ocupacional, segurança do consumidor, segurança de o público em geral e o meio ambiente. Outra forma de estruturar as informações pode estar de acordo com o ciclo de vida dos nanomateriais discutindo quanto liberações, emissões, processos de transporte, transformação e expo- sições para cada fase do ciclo de vida (KUHLBUSCHAB; WIJNHOVENC; HAASE, 2018). E somente a título de estatística, a fim de demonstrar a gama de produtos existentes em nível global, é possível apresentar os núme- ros gerais registrados pela Nanotechnology Products Database (NPD) – Base de Dados de Produtos de Nanotecnologia (tradução nossa) -, criada em janeiro de 2016. Com a finalidade de se tornar uma fonte de informação confiável, acreditada e atualizada para a análise e caracterização de produtos nanotecnológicos (ou seja, nanoprodutos) intro- duzidos nos mercados globais, cataloga-se e registra-se toda capacida- de de produção de nanotecnologia desenvolvida no mundo. Com base então na NPD, pode-se afirmar que na primeira data de coleta (quan- do da apresentação do projeto para seleção do doutorado), existiam 9.199 produtos com nanotecnologias, produzidos por 2.636 companhias, oriundos de 64 países (INTRODUCTION NDP, 2021). Portanto, o atual cenário nanotecnológico conduz a uma nova forma de reavaliar os riscos, talvez por meio da transdisciplinaridade. De outro modo, analisando a era nanotecnológica, oportu- no inserir no cenário que debata sobre os impactos e expansão dos avanços tecnológicos, na chamada Quarta Revolução Industrial (SCHWAB, 2016). Trata-se de mudanças históricas em termos de tamanho, velocidade e escopo e ainda não se sabe os desdobramentos destas transformações, sua complexidade e interdependência. Mas, o que se sabe é que todas as partes interessadas da sociedade global – governo, empresas, universidades e sociedade civil – têm a responsabilidade de trabalhar em conjunto para compreender melhor estas tendências emergentes, bem como para lidar de um modo sustentável com os ris- cos destas inovações. É exatamente o que se enfrenta nesse panorama, dando enfoque ao trabalhador.

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