Anais do XXI Seminário Internacional Nanotecnologias, Sociedade e Meio Ambiente desafios jurídicos éticos e sociais para a “grande transição sustentável” (XXI SEMINANOSOMA) 422 O FUTURO DA ECONOMIA SEM REGULAMENTAÇÃO COM O ADVENTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Wilson Engelmann Jonathan Helfenstein1 Omaior problema econômico da inteligência artificial, que tem seu ponto forte na praticidade e avanços exponencial em áreas como a medicina, é a provável diminuição de postos de trabalho. Com isso, será afetada diretamente a economia global, afinal menos emprego,- menor circulação de riqueza no mundo, Isto gera a diminuição do pro- duto interno bruto(PIB) de cada país do globo(1). Para se entender o que é Inteligência Artificial vamos olhar como ela é conceituada por alguns estudiosos. Não há um consenso ainda sobre a definição da IA. Estes são os principais conceitos que se encontrou na pesquisa biblio- gráfica: “Sistemas que pesam como seres humanos: “O novo e interessante esforço para fazer os computadores pensarem... máquinas com mentes, no sentido total e literal”. (HAUGELAND, 1985)(2). Sistemas que atuam como seres humanos: “A arte de criar máquinas que executam funções que exigem inteligência quando executadas por pessoas.” (KURZWEIL, 1990)(3). Sistemas que pensam racionalmente: “O estu- do das faculdades mentais pelo seu uso de modelos computacionais.” (CHARNIAK; MCDERMOTT, 1985).Sistemas que atuam racionalmente: “A Inteligência Computacional é o estudo do projeto de agentes inte- ligentes.” (POOLE et al., 1998)(5). O pesquisador Wilson Engelmann, em seu artigo “Como Lidar com o Impacto da Economia Digital no Mundo do Trabalho?”, publicado em 2021, mostrou que existe uma relação de diminuição dos postos de trabalho além de novos trabalhos, sem nenhuma regulamentação e proteção trabalhista, gerando uma insegurança no ambiente de trabalho para milhares de pessoas. As tecnologias precisam de um olhar atento do Direito para regulá-las; e também uma contribuição da sociologia para entendê-las e usarmos todas elas para o bem geral e não o caos generalizado, pois sem um acompanhamento do ordenamento jurídico e da sociologia, postos de trabalho serão substituídos por máquinas e novos trabalhos demanda- rão muita especialização. É provável que a IA afete 60% dos empregos nas economias avançadas e 40% dos empregos em todo o mundo nos próximos dois anos, disse Georgieva em um evento em Zurique. (7) Vale dizer, o mundo inteiro já começa a olhar para esse fenômeno novo 1 Bolsista, Universidade do Vale dos Sinos – Unisinos. E-mail: Jonathanhelfenstein433@ gmail.com
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