XXI SEMINANOSOMA

429 Anais do XXI Seminário Internacional Nanotecnologias, Sociedade e Meio Ambiente desafios jurídicos éticos e sociais para a “grande transição sustentável” (XXI SEMINANOSOMA) OS DESAFIOS ÉTICOS NO USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA ADVOCACIA Samara de Sena Sousa Vêga1 Introdução: A ética na utilização da Inteligência Artificial (IA) na ad- vocacia é um tema de crescente relevância, especialmente à medida que as tecnologias avançam e se tornam mais integradas ao exercício da profissão. Nos últimos anos, a IA tem se mostrado uma ferramen- ta poderosa, capaz de transformar a prática jurídica, oferecendo so- luções que vão desde a automação de tarefas rotineiras até a análise complexa de dados. Essa evolução tecnológica promete aumentar a eficiência dos advogados e melhorar a qualidade dos serviços presta- dos aos clientes. No entanto, a incorporação da IA na advocacia acarreta desafios éticos importantes, que precisam ser discutidos e ende- reçados. Método: O método adotado para esta pesquisa consistirá na análise de dados e na revisão da literatura relevante, com o intuito de identificar elementos-chave relacionados aos impactos sociais, éticos e jurídicos das novas tecnologias, especialmente no contexto da Inte- ligência Artificial (IA) na advocacia. Serão abordados aspectos como a transparência e a explicabilidade dos sistemas de IA, a responsabilida- de profissional dos advogados, os direitos autorais sobre os trabalhos desenvolvidos, a proteção da privacidade dos clientes, a imparcialidade dos algoritmos, o impacto da tecnologia na prática jurídica, a neces- sidade de regulamentação e normas éticas, bem como a importância da educação contínua para os profissionais do setor. A partir dessa análise, o objetivo da pesquisa será verificar a utilização da IA no coti- diano da advocacia, com um foco específico nas implicações éticas que essa utilização pode acarretar. Resultado: A utilização da IA deve ser pautada pela transparência e explicabilidade, oferecendo a advogados e clientes a compreensão sobre como as decisões são tomadas, o que é essencial para manter a confiança no sistema. Além disso, os advogados devem assumir a responsabilidade pelas decisões orientadas pela IA, garantindo que a ética profissional seja sempre respeitada. Nesse contexto, a proteção da privacidade é fundamental, especialmente no tratamento de dados sensíveis, que deve estar em conformidade com legislações, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), e requer a adoção de medidas de segurança adequadas. É igualmente importante que os sistemas de IA sejam desenvolvidos para evitar preconceitos, utilizando dados representativos e sendo constantemente avaliados 1 Unisinos, samarasenasousa3@gmail.com

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