121 Vanessa Just Blanco O Classroom, em termos empíricos, não comportava a produção de uma narrativa, pois não possibilitava mexermos na interface para criar uma história como plano de fundo para as informações que seriam compartilhadas. O ambiente virtual de aprendizagem (AVA) assemelhava-se a um repositório de dados, dispondo de uma configuração bastante engessada. Em adicional, o acesso à plataforma demandava a conexão por meio de um e-mail de aluno. Enquanto isso, o Google Sites viabilizava edições mais significativas, ou seja, a construção estética da narrativa em ambiente gratuito e “amigável”, pois dispunha de alguns modelos de páginas e designs para seleção. Assim, esse não exigia conhecimentos prévios de configuração de códigos fonte pelo docente e ainda permitia uma personalização do espaço. A interface é igualmente bastante intuitiva e similar a outros sites já conhecidos pelos alunos, viabilizando uma boa adesão ao ambiente digital por parte desses. Além disso, por não haver necessidade de estar conectado ao e-mail para acessar o espaço, também os familiares conseguem visualizar a narrativa pensada pelo docente e acompanhar os passos dos alunos por essa. Ao instigarmos os discentes a comparação entre estas duas tecnologias, todos reportaram preferir o Site ao invés do AVA Classroom. Destacam que “no site é mais organizado, além de ser mais fácil achar um trabalho ou saber uma nota” (Discente A); é “prático de acessar” (Discente C); “é mais fácil de usar” (Discente D); “no Classroom também ocorria muitos problemas” (Discente G); “o site era muito interessante, tu tinha mais vontade de acessar, Classroom era muito sem graça” (Discente K); “o Site é muito simples, didático, fácil comunicação com o professor, fácil acesso, era disponibilizado as matérias que seriam estudadas, dava autonomia aos alunos nos estudos” (Discente L). Todos referem que a organização das informações no site é melhor. Ainda, houveram considerações de alunos sobre o interesse maior na interface do site por propiciar o caminhar por uma narrativa. O site, neste sentido, diferentemente do AVA, não é pensado como uma plataforma, mas sim como a página de um livro, na qual o professor escreve uma história que instigue o interesse do aluno e que motive a aproximação com a disciplina, sendo também alterável de acordo com as manifestações dos discentes.
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