A produção da narrativa pelo autor docente: a história de um planejamento em ambiente digital 122 A coautoria discente, entretanto, ocorre em sala de aula presencial. Ao compartilharmos a narrativa digitalmente, viabilizamos o questionar do caminho proposto por esses, possibilitando ao grupo indicar o interesse por temáticas ou formas de organização das atividades, bem como interrogar sobre os desfechos do aprendizado. 3 DA PRODUÇÃO DE UMA NARRATIVA PELO DOCENTE Nesta experiência com o uso do Site, a narrativa começa com um convite ao aluno para adentrar numa Cafeteria. Só que esta última não é um espaço qualquer, é um espaço do saber. Para além disso, uma cafeteria é também uma representação do acolhimento, estando cheia de aromas e sabores novos a serem explorados. Gostamos de estar nela. Este querer estar no espaço envolve tanto o aguçar e satisfação dos sentidos, quanto a possibilidade de decisão. Tecemos escolhas a todo momento neste espaço, desde onde sentaremos – perto de uma janela, próximo do ar condicionado ou ainda num canto reservado – até o que queremos experimentar. Numa cafeteria, também contamos com a oportunidade de provar novos sabores sozinhos ou acompanhados. Além disso, temos na figura do garçom alguémquemedia nossas escolhas, apresentando umcardápio e nos provocando a experimentar algo. A ideia de apresentar uma cafeteria, enquanto roupagem para este espaço de trocas, provém da significação arraigada ao lugar físico que ela ocupa em nossa sociedade – numa leitura efetuada, é claro, por esta docente. Contudo, consideramos igualmente a mistura da contação de histórias de livros em roda com o momento do coffee break, o qual estimula frequentemente o interesse dos discentes. Logo, trazer este cenário como parte de uma história do aprender veio à mente desta professora e autora da narrativa. Dessarte, na página inicial do site “De boas com a língua” (Figura 1), principiamos nossa narrativa adentrando numa cafeteria do saber. Nessa o aluno é apresentado as abas existentes no site e contempla um poema concreto em forma de café, estabelecendo esta conexão entre o literário e o universo da cafeteria.
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