Convivências e rede(s): culturas, linguagens e tecnologias na educação

A produção da narrativa pelo autor docente: a história de um planejamento em ambiente digital 126 neste cenário da educação, construirá significado para o aprender ao participar do processo. Logo, na Figura 4, ao dispormos o cronograma das aulas de forma criativa, oportunizamos aos discentes conhecerem a caminhada do aprender que percorrerão e convidamos os mesmos a questionarem o trajeto, ou seja, a coautoria do próprio aprender. É importante que o docente explique que a decisão por qual caminho seguir pode se alterar à medida em que avançamos no que foi planejado. O planejar jamais é engessado, pois podemos modificar o percurso quando demandado. É disso que se trata a particularização em educação. Figura 4 – Cronograma particularizado Fonte: Site “De boas com a Língua” (2024). No refletir sobre o percurso, é interessante ponderar que o receio dos docentes, eventualmente, sobre o questionar de suas práticas pode afastar os alunos da significação do caminho. É mister o entendimento de que o percurso do aprender é uma narrativa que, assim como qualquer história lida, é passível de múltiplas interpretações. Por conseguinte, não se trata de um julgamento de certo ou errado sobre a prática docente, mas de diferentes leituras da narrativa contada por um professor-autor e da tentativa de participar dessa ao opinar e, por horas, propor ideias que contribuam com a coesão e coerência do texto da sala de aula.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz