Convivências e rede(s): culturas, linguagens e tecnologias na educação

A produção da narrativa pelo autor docente: a história de um planejamento em ambiente digital 128 incentivo pros alunos, eu não fico na angústia sabendo se tenho que recuperar ou não um trabalho, é tudo bemmais prático” (Discente C); “quando eu falto, não preciso pedir para algum colega” (Discente E); “[...] ter mais noção sobre minhas notas, fazendo com que eu não deixe de fazer as atividades e tendo um rendimento melhor nos estudos” (Discente I); “[...] ser mais participativo e conversar mais com a professora sobre asmatérias e atividades que temno site, [...] os pais também conseguem saber e ver como está sendo o desempenho escolar do filho naquela matéria” (Discente G); “[...] deixa tudo mais acessível e me ajuda a ser mais participativo e autônomo nos estudos” (Discente J). Assim, ao entregarmos ao discente um cronograma, bem como o controle sobre seus resultados, numa planilha frequentemente alimentada pela docente, estamos, na verdade, desenvolvendo a autonomia. O aluno consegue, deste modo, trilhar um caminho, observar que habilidade carece de maior atenção e solicitar ao docente, guia nessa contação da história do aprender, orientações para desenvolvimento de suas competências. Nesta interação, o discente passa a entender o professor como mediador, enquanto o docente compreende o aluno como umcoautor capaz de tomar decisões e interpretar a narrativa criada. Hoffmann (2010, p. 102-103) coloca que mediação é interpretação, diálogo, interlocução. Para que o papel do professor se efetive é essencial a sua tomada de consciência de que o ato de avaliar é essencialmente interpretativo, em primeiro lugar: como o professor lê e interpreta as manifestações dos alunos? Como os alunos leem, escutam e interpretam as mensagens do professor? Quando mencionamos a avaliação, compreendemos também a avaliação do docente sobre a própria prática. E quem melhor que o discente para dar um feedback sobre isso? Nessas conexões, na e pela interação, constrói-se o autor docente e o coautor discente numa constante (des)equilibração, (re)organização e significação do espaço físico e digital da sala de aula. Seguindo pelo site, encontraremos todos os materiais digitais explorados em sala de aula (Figura 6), bem como indicações de outros suportes para aprofundamento dos conhecimentos, livros para leituras, desafios de produção textual e orientações sobre trabalhos e temas.

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