Convivências e rede(s): culturas, linguagens e tecnologias na educação

13 ENTRE FIOS E NÓS TECEMOS CONVIVÊNCIAS E REDE(S) Ederson Luiz Locatelli Luciana Backes Juliani Menezes dos Reis Assim como a jovem tecelã que, commãos firmes e umdesejo inato, tece sua própria realidade, somos nós também artesãos das convivências e da(s) rede(s) que construímos. Cada fio é uma escolha, uma conexão entre saberes, histórias e afetos que, em conjunto, formam um tecido de experiências e aprendizagens, vivo e pulsante. Neste espaço que habitamos, as convivências – as formas de viver com o outro, de construir e compartilhar conhecimento – são o pano que, a cada instante, ganha novos fios e novas cores. A jovem tecelã de Colasanti (2000)1, ao criar a própria morada com fios de sua escolha, também vivia no limite entre o que conhecia e o que poderia inventar. Da mesma forma, nossa tecitura educacional, ao longo das últimas décadas, precisou adaptar-se, abrir-se ao desconhecido, questionar-se e recriar-se em um cenário cada vez mais híbrido. A natureza do espaço, além de geográfica e/ ou analógica, passou a ser, também, virtual e digital. Assim, o espaço físico encontra o imaterial e as conexões não se limitammais ao que está próximo, mas se expandem pelo mundo (Backes; Schlemmer, 2013)2. A interação entre o viver e o conviver, ao integrar os diferentes mundos (físico, digital e/ou imaginário), transforma-se em uma 1 COLASANTI, M. Doze Reis e a Moça no Labirinto do Vento, Rio de Janeiro, RJ: Global, 2000. Disponível em: https://www.recantodasletras.com.br/resenhas delivros/1413748. Acesso em: 22 nov. 2024. 2 BACKES, L.; SCHLEMMER, E. Práticas pedagógicas na perspectiva do hibridismo tecnológico digital. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 13, p. 243266, 2013. DOI: https://doi.org/10.29327/5457639.1-1

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