137 Luciana Backes, Karen Cardoso Barchinski e Eduardo Lorini Carneiro (Deterding et. al., 2011). Com isso, as situações de ensino e aprendizagem são tensionados aos estudantes de forma lúdica, através dos personagens, da narrativa e da conclusão de missões, para seguir no material. O e-book utiliza funções comuns em jogos (progressão de personagem, pontuação, missões, reforço de feedback etc). Através desta adaptação na narrativa, potencializamos a imersão, ou seja, uma forma de “mergulhar no mundo”, conforme a concepção de Costa e Carvalho (2022). Assim, encontramo-nos em um espaço diferente, com novas descobertas para interagirmos. Nestas interações, permeadas pela tecnologia, configuramos os espaços digitais virtuais de convivência. Para Backes (2007, p. 71), estes espaços “são configurados na interação entre os seres vivos que se encontramno espaço digital virtual. Esta configuração ocorre na relação entre os seres vivos e o meio, de maneira particular, por meio do conviver”. A partir da apropriação de diferentes mídias (textual, imagética, mapas mentais, vídeos etc), o e-book se configura como um hipertexto. Esse formato é caracterizado por Silva (2002, p. 14) como uma “[...] teia de conexões de um texto com inúmeros textos”, que contempla uma “estrutura múltipla e combinatória que permite processos contínuos de associações não-lineares e um elevado número de interferências e de modificações na tela”. Assim, o material contempla diferentes formas de mídias e linguagens que dialogam com os artefatos tecnológicos presentes em nosso cotidiano. Para Backes, La Rocca e Carneiro (2019), as tecnologias potencializam o contexto híbrido de nossa sociedade através de novas configurações de tempo, espaço e formas de estar juntos. As características referentes à construção do conhecimento, interatividade, gamificação, imersão e hibridismo exploradas no e-book estão em congruência com a educação online, conforme Santos (2019, p. 72), pois nesta configuração, os ambientes virtuais de aprendizagem [...] permitem a interatividade e a aprendizagem colaborativa, ou seja, além de aprender com o material, o participante aprende na dialógica com outros sujeitos envolvidos – professores, tutores e principalmente outros cursistas –, através de processos de comunicação síncronos e assíncronos (fórum de discussão, lista, chats, blogs, webfólios, entre outros).
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