Convivências e rede(s): culturas, linguagens e tecnologias na educação

15 Ederson Luiz Locatelli, Luciana Backes e Juliani Menezes dos Reis para os multiletramentos na cultura digital, utilizando o gamebook “Guardiões da Floresta” como tecnologia para explorar múltiplas linguagens no processo de aprendizagem. As linguagens que atravessam esses espaços híbridos são as tramas que dão coesão à convivência. Assim como a tecelã precisa escolher os fios certos para dar forma ao que deseja criar, nós escolhemos formas de expressão, de diálogo, de compreensão mútua. Em um ecossistema tão complexo, onde o digital, o virtual, o natural e o físico coexistem, essas linguagens nos permitem identificar, articular e atribuir significados em um diálogo dinâmico e plural, emergindo e valorizando as diferenças e construindo os saberes na diversidade. Os capítulos relacionados à dimensão das Linguagens exploram diferentes formas de expressão e interação mediadas pela tecnologia no contexto educacional. Fabiane Almeida investiga a configuração de ecossistemas de aprendizagem na alfabetização, articulando a recontextualização das ciências com histórias infantis para promover o viver e conviver em práticas pedagógicas significativas. Vanessa Blanco apresenta o planejamento docente como uma narrativa pedagógica, destacando o uso do Google Sites para fomentar conexões entre a autoria do professor e a autonomia do aluno. Luciana Backes, Karen Barchinski e Eduardo Carneiro refletem sobre a construção de um e-book gamificado, que potencializa a autoria e a aprendizagem no ensino superior online. Jones Godinho aborda a criação de e-books interativos (multimídias) sobre o bioma Amazônia, contribuindo para a formação continuada de professores e para práticas pedagógicas interdisciplinares e flexíveis. Larissa Franco, Kári Forneck e Lucimara Fiorese discutem a escrita de fanfics como ferramenta pedagógica para desenvolver a consciência e o automonitoramento textual em estudantes, integrando tecnologias digitais para promover maior autonomia e criatividade nos processos de letramento. E, por fim, a tecnologia é um dos elementos para manter a trama em constante movimento. Portanto, os ecossistemas de aprendizagem são habitados por estudantes, tutores, professores, profissionais, familiares, amigos, conteúdos, informações, práticas, instituições, dispositivos, artefatos, entre outros. Como a tecelã que incorpora novos fios para expandir seu tecido, as tecnologias estão

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