177 Larissa Damiris Lopes Franco, Kári Lúcia Forneck e Lucimara Fiorese Oficina 5 Interagir com o próprio texto e refletir sobre a escrita ao confrontar uma produção até então considerada completa e finalizada, colocando em prática os conhecimentos adquiridos durante as intervenções anteriores. A ministrante leu a fanfic que produziu durante as oficinas. Os estudantes puderam perceber que todo o processo de pensar sobre o texto contribuiu para que o texto finalizado mostrasse um resultado completamente diferente do texto originalmente escrito pela autora no Momento 1. Após a leitura, foi exposta uma apresentação de slides18 para relembrar as intervenções anteriores e, por fim, propor perguntas reflexivas acerca das histórias. Como conclusão, os estudantes realizaram as últimas alterações em seus textos, atentando-se para as perguntas reflexivas e autoavaliativas que foram feitas no momento de exposição. Para isso, deveriam estar atentos aos elementos narrativos e linguísticos explorados durante as aulas, empregando os aspectos exercitados nos momentos anteriores para compor a produção finalizada. Fonte: das autoras (2024). A ideia desenvolvida por meio das intervenções foi a de, gradualmente, habilitar os participantes do estudo a tomarem decisões estratégicas mais proveitosas para a composição do texto escrito no decorrer das oficinas. Esse movimento progressivo de tomada de consciência da escrita teve o objetivo de oportunizar aos estudantes uma aprendizagem mais consciente sobre seu próprio processo de produção textual, desenvolvendo, por consequência do automonitoramento (Pereira, 2013), um texto mais adequado à proposta elaborada em sala de aula mediada por TD. Além disso, as atividades desenvolvidas durante as oficinas foram pensadas para suscitar a reflexão do que Marcuschi (2008) denomina de critérios de textualização, elementos fundamentais para a esquematização e configuração de toda unidade comunicativa. Ao final do processo de desenvolvimento das oficinas, os textos dos participantes foram lidos e avaliados a partir de cinco Critérios de Adequação Textual, definidos com base nas considerações de Guedes (2009) e Pinna (2006), sobre os elementos constituintes da narrativa, e nos fundamentos teóricos de Marcuschi (2008), acerca dos critérios de textualização. Ainda, definiu-se que os parâmetros de avaliação dos textos estivessem organizados, considerando o gênero explorado em sala de aula, a proposta de escrita apresentada aos participantes, as informações elencadas para a composição do texto, os elementos linguísticos manipulados na escrita e a forma com a qual esses elementos foram articulados no desenvolvimento do texto. 18 https://drive.google.com/file/d/1d1yIyUXGoTi2ZGs7Kz-z0ReEJPzbjWyP/view
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