Convivências e rede(s): culturas, linguagens e tecnologias na educação

As ecologias conectivas e os desafios da formação dos professores da Educação Básica 192 em contextos ecologicamente conectados, subsidiada pelo paradigma da Educação OnLIFE, problematizou a docência frente às novas condições habitativas nas quais as atuais gerações se desenvolvem; forneceu elementos para a criação de uma ambientação favorável de onde emergiu, em processos de co-criação, diferentes práticas pedagógicas simpoiéticas, inventivas, gamificadas e onlife. Dessa forma, as principais contribuições do artigo, estão na construção espistemológica-teórico- metodológica, nas proposição das 5 Dimensões da Formação Docente, e na Rede de Competências para a Docência OnLIFE, as quais constituem o desenho da formação em contextos ecologicamente conectados em tempos de hiperinteligências. Palavras-chave: Ecologias conectivas. Formação de professores. Educação Básica. Hiper-inteligências. Aprendizagem. 1 ECOLOGIAS SEM NATUREZA: RELAÇÕES EM CONTEXTOS DE HIPER CONECTIVIDADE Se a imagens da chegada do homem na lua e aquelas da esfera azul perdida na escuridão de umângulo do universo, transmitidas ao mundo pela TV, inauguraram a ecologia da globalização, caracterizada pela consciência de habitar numa casa comum, iluminada pela eletricidade e comunicante através das mensagens das mídias de massa, as inovações tecnológicas digitais, as mudanças climáticas, e a última pandemia, nos deslocaram para uma diversa condição habitativa. A natureza, o clima, assim como a tecnologia, deixaram de ser entidades externas, paisagem ou ferramentas tornando-se entidades comunicantes, atores sociais, poderosos, capazes de influenciar e alterar nossas economias, nossa forma de agir e nossas vidas. (Di Felice, 2021). A ideia de uma separação entre o humano e o mundo externo (a técnica e a natureza) foi estraçalhada definitivamente nos contextos das transformações desse milênio. Esta Natureza fantasmagórica inibiu a ascensão do pensamento ecológico. Só agora, quando o capitalismo e o consumismo contemporâneos cobrem toda a terra e se entranham em todas as formas de vida, é possível, irônica e finalmente, deixar por trás esse fantasma inexistente. (Morton, 2023 p.18).

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