221 Nydia Maria Rosa de Pinho, Thamy Cristine Rocha e Luciana Backes Na sala de aula, quando referenciamos alguma oportunidade para manusear um dispositivo digital, as crianças demonstram-se significativamente interessadas, curiosas e com alguma compreensão sobre a forma de uso, exercendo com empoderamento o seu protagonismo. Dominick (2015) enfatiza que “as tecnologias só ganham sentido pedagógico quando o docente e o discente se apropriam delas como mediadores dos processos de conhecimentos e não como meras ferramentas difusoras de informações”. O espaço escolar precisa promover e mediar a utilização dos artefatos digitais, participando da construção dos conhecimentos, na cultura digital. Durante a chamada de vídeo, percebeu-se que a turma maternal 1 mostrou-se tímida no primeiro momento, enquanto a turma jardim 1 expressava-se euforia para conversar. A apresentação breve dos participantes ocorreu a partir do nome, idade e “as coisas que mais gostam na escola”. As crianças bem pequenas observaram curiosamente o que estava acontecendo e a forma como as crianças “maiores que elas” contavam sobre os brinquedos e as brincadeiras que gostam (panelinhas, carrinhos, bola e pracinha). Ao contarem que “o que mais gostam na escola são as músicas”, em especial a música “o ônibus, da Xuxa”, foram surpreendidas pela turma jardim 1 que exclamou que “esta também é a música preferida da turma”, nesse momento, começou a cantoria online, promovendo conectividade com significado, diversão e memória afetiva. Em destaque, a turma Maternal 1 com a seguintes declarações: Quadro 3 – Registro das falas das crianças da turma M1 C6: Você viu as outras crianças? C7: Sim. C6: Eles são legais, né?! Fonte: Elaborada pelas autoras (2022). Evidenciamos uma certa apreensão inicial das crianças do Maternal 1, seguida da superação pela cantoria. Após a chamada de vídeo, as educadoras sugeriram para as crianças a criação de gravuras das “coisas que os amigos da outra escola mais gostam”, para anexarem no “tapete em branco” do Explorador Kids. Na roda de conversa, as crianças da turma jardim 1, definiram que o “robô representaria o ônibus da música” e ainda refletiram “quantas gravuras deveriam conter para cada quadrado do ta-
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