23 Janaína Mota Fidelis e Fabíola dos Santos Kucybala experimental, tão válido quanto o de nosso oponente, mesmo que o dele nos pareça menos desejável. Caberá pois, a busca de uma perspectiva mais abrangente, de um domínio experiencial em que o outro também tenha lugar e no qual possamos construir um mundo juntamente com ele. Percebe-se então, que a aceitação do outro junto na convivência, é o fundamento biológico do fenômeno social. Nesse sentido, as Comunidades de Professores Aprendizes e as Rodas de Conversa trazem em seu âmago o significado da convivência e das interações de grupos docentes que são caracterizados pelo grupo de professoras que as constituem e pelas condições de espaço e tempo nas quais essas Comunidades e Rodas de Conversa se inserem. Por isso, é imprescindível para esta reflexão o diálogo entre esses dois conceitos, a especificação de cada um. 2.1 Comunidades de Professores Aprendizes O conceito de Comunidades de Professores Aprendizes foi desenvolvido por Shulman e Shulman (2004), mais especificamente denominado como “Promover Comunidades de Professores Aprendizes – PCPA”, conhecido em inglês como Fostering Communities of Teacher as Learners – FCLT. Tal concepção foi inspirada na teoria de Brown e Campione (1992) para “Promover Comunidades de Aprendizagens – PCA” ou Fostering a Community of Learners – FCL, em inglês. Uma Comunidade de Professores Aprendizes é uma comunidade profissional, na qual o professor que está disposto a constituí- -la, também está disponível a ensinar e aprender com seus pares, a se atualizar teoricamente e a trocar experiências, para qualificar a sua prática docente (Shulman; Shulman, 2004). Nesse sentido, seis eixos direcionam a comunidade: a visão, que diz respeito à preparação do professor; a motivação e disposição para ensinar e aprender; a compreensão de conceitos para o ensino ao qual se dispõe em sua sala de aula; a prática, relacionada à capacidade de se engajar na transformação da visão e compreensão da realidade; a reflexão sobre a experiência, sobre as ações pedagógicas e suas consequências e; a comunidade profissional a qual o docente constitui (Shulman; Shulman, 2004).
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