Convivências e rede(s): culturas, linguagens e tecnologias na educação

235 Marlete Teresinha Gut, Cledes Antonio Casagrande e Fabrício Pontin rentes arranjos curriculares, conforme a relevância do contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino” (Brasil, 1996). Um movimento que pode ressignificar a educação, porém entendemos que a composição desses percursos formativos deve ser precedida por uma discussão e pesquisa com os envolvidos, ou seja, mantenedoras dos sistemas de ensino, gestores, educadores, pais e estudantes, considerando o contexto da comunidade local e global. 2 TECNOLOGIAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO: UM OLHAR A PARTIR DA BNCC As TDs têm transformado, cada vez mais, nosso viver e conviver, emumpanorama perceptível emanifesto na nossa configuração de ser e de estar no mundo: na nossa forma de interagir e de se relacionar, de ir e vir, de trabalhar e de aprender, de produzir e de consumir, enfim, na nossa forma de existir e, consequentemente, no jeito de exercer nossa cidadania e de fazer educação. Incorporar as TDs nas práticas pedagógicas escolares é pauta recorrente na contemporaneidade, em eventos e discussões de teóricos e profissionais da educação, bem como, de outras áreas do conhecimento. A Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio – BNCCEM (Brasil, 2018) alerta que é preciso reconhecer a urgência da reformulação da escola e da formação das juventudes diante da dinamicidade e complexidade das práticas sociais da contemporaneidade. Sendo assim, [...] para responder a essa necessidade de recriação da escola, mostra-se imprescindível reconhecer que as rápidas transformações na dinâmica social contemporânea nacional e internacional, em grande parte decorrentes do desenvolvimento tecnológico, atingem diretamente as populações jovens e, portanto, suas demandas de formação. Nesse cenário cada vez mais complexo, dinâmico e fluido, as incertezas relativas às mudanças no mundo do trabalho e nas relações sociais como um todo representam um grande desafio para a formulação de políticas e propostas de organização curriculares para a Educação Básica, em geral, e para o Ensino Médio, em particular (Brasil, 2018, p. 462). Como já mencionado, a BNCC do Ensino Médio foi aprovada no final de 2018. Desde a sua homologação, discussões, críticas e

RkJQdWJsaXNoZXIy MjEzNzYz