Convivências e rede(s): culturas, linguagens e tecnologias na educação

245 Fabrícia Py Tortelli Noronha e Luciana Backes 2 A METODOLOGIA DE PROJETOS DE APRENDIZAGEM ASSOCIADA À GAMIFICAÇÃO Nas disciplinas de LP e LPI do IFRS, campus Porto Alegre (PoA), o desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem de algoritmos envolve complexidades como: dificuldades com conteúdo; escolhas metodológicas e pedagógicas; protagonismo didático do educador; deficiência em relação aos conhecimentos da educação básica; expectativas equivocadas sobre o curso; dentre outras (Noronha, 2016). Constatando semelhantes dificuldades, Raab e Silva (2005) identificaram esses problemas de ensino e de aprendizagem de programação em três eixos de natureza: didática, cognitiva e afetiva. A partir dessas evidências, propomos a ressignificação da prática pedagógica, mediante umametodologia que afaste as concepções tradicionais de ensino e de aprendizagem, superando a dicotomia entre o professor que ensina e o aluno que aprende, com aulas dinâmicas e significativas que potencializem a construção dos conhecimentos de programação. Para isso, subsidiamo-nos na metodologia de “Projetos de Aprendizagem” de Fagundes, Sato e Maçada ([199-]), na metodologia de “Projetos de Aprendizagem Baseada em Problemas” de Schlemmer (2002, 2005) e na metodologia inventiva “Projetos de AprendizagemGamificados – PAG” de Schlemmer (2018). Na aprendizagem por projetos, o papel do educador e do educando tem outra perspectiva. O educando é desafiado a questionar os temas de pesquisa, os quais já não partem somente do educador, pois englobam, também, os interesses do educando, sob a orientação/mediação do educador, articulados a conteúdos curriculares. Dessa forma, diferentemente do que o senso comum presume sobre o processo centrar-se no educando, entendemos esse numa perspectiva de relação centrada no todo, isto é, nas interações entre sujeito e objeto. Para o educador, a metodologia de PA pode representar um desafio, uma vez que terá de lidar com situações que vão além do processo de ensino e de aprendizagem, num universo que ultrapassa o contexto escolar e chama à realidade contemporânea do educando. Portanto, será inevitável trabalhar com o inesperado, já que cada educando possui singular historicidade e interesses próprios.

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